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O Kakumei é meu porto seguro no meio do mar revolto da internet desde 2006. Como toda navegante, eu sempre volto pro Kakumei e pro mar de nadas da internet. Bem-vinde ♥

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Cabeça de vento

Tenie. CDF e nerd, muito cansada. Graduada em MKT e mestre em EC, tech em IT. Gosto de gatos e livros (e HQs), de sorvete e milkshake, coisas fofas e coisas assustadoras, playlists estilo Alpha FM. Sempre amei blogar pelo prazer de fazer um post, escolher os gifs, comentar nos bloguinhos amigos, e ficar de boas nesse semi-anonimato.

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Nothing you can take from me was ever worth keeping
written by Tenie at quinta-feira, 13 de março de 2025

Can't take my charm
Can't take my humor
Can't take my wealth
'Cause it's just a rumor
Nothing you can take was ever worth keeping
No, nothing you can take was ever worth keeping

Nothing You Can Take From Me (Boot-Stompin' Version) (Rachel Zegler em A cantiga dos pássaros e das serpentes)

Eu estou tentando aprender Java e não estou nada feliz.
É a eterna insatisfação da Tenie: eu até sei essa coisa, mas eu me odeio por não saber melhor ou mais cedo ou mais rápido que X pessoa/outras pessoas.
Essa palhaçadinha não vai acabar nunca e é frustrante em tantos níveis.
Em outras novidades: arrumei um estágio.😃

Foi muito repentino, pra mim, e foi o que eu menos esperava que desse bom. Eu estava esperando dar tudo certo antes de contar, eu começo na segunda agora. 😃
Sim, estou animada. Sim, estou grata. Não, eu ainda não acredito.... E sim, eu adoraria que minha família parasse de me dizer que segunda eu preciso ir trabalhar feliz e com gratidão.............. 🫠
Me faz me sentir como se as pessoas que já me chutaram porque "você nunca está feliz/você só chora" estivessem certas.
Acho que elas estão certas. E erradas.
Eu acho que eu realmente não foco na parte positiva das coisas, porque eu aprendi um tipo bastante tóxico e punitivo de positividade na minha vida e rejeitar a positividade é um jeito de rejeitar o ambiente onde eu cresci, especialmente rejeitar a minha mãe, eu acho. Então eu prefiro estar preparada pro pior, mesmo que seja irrealista e totalmente improvável - até impossível. Claro que eu levei isso longe demais, agora eu preciso recalibrar meus níveis de pessimismo porque eu estou muito longe de ser realista.
Também não quero pensar nas pessoas que disseram essas coisas ou nas coisas que podem dar errado no trabalho novo ou no Java que eu não sei tão bem quanto a Hermione Granger da turma de programação.
Estou levemente amarga, desculpa.😒
Esses dias eu li o incrível This is where we talk things out (MARCEAU, Caitlin. 2022), que é uma novela de horror e suspense sobre a relação conturbada de uma mãe abusiva e a filha de quem ela quer se reaproximar. EU NÃO SOU SENSÍVEL A ESSE TÓPICO, OKAY??????????


A história é sobre Marley, que vai se casar com Florence e que acabou de perder o pai para algum tipo avançado de demência. Marley cortou Sylvie, sua mãe, há muito tempo, tendo até excluído redes sociais e apagado outros traços digitais de si mesma para não ter contato. Mas Sylvie a reencontra e a cerca até que ela concorda em tentar uma vez mais, em um final de semana só para as duas... NA PUTA QUE O PARIU, NUM LUGAR QUE NINGUÉM SABE ONDE É! E ela vai.
Nada suspeito por aqui. Tudo certinho.🙄🙄🙄
São em torno de 100 páginas que eu comi com farofa em 2 horas igual uma louca. É uma novela incrível de terror psicológico, é um Misery encontra Fuja! (o filme da Netflix que eu achei mediano pra ruim).
Ia brincar que era Misery encontra Minha mãe é uma peça, mas essa novela me deixou bastante frustrada (não por falta de qualidade, mas porque eu queria um final diferente) e eu acho que Fuja! ajuda a dar o tom da minha frustração. E eu já brinquei essa semana que eu era o Paulo Gustavo brasileiro pra minha mãe.
Inclusive acho que se essa novela e Fuja! trocassem de final, eu teria ficado.... Não, aí eu ia achar Fuja! merecidamente ruim ao invés de mediano.

Sylvie faz Annie Wilkes parecer brincadeira de criança, mano... Ela me assusta em todos os níveis possíveis, ela me mortifica... Mano, a Sylvie é a vilã que eu nunca queria ter que enfrentar.
Eu peguei a recomendação do vídeo abaixo, sobre livros que você deve ler se gostou de certo filme (no caso, se você gostou do filme Misery, que eu amo, você vai gostar desse livro. Posso confirmar!).
Então definitivamente não é coincidência o paralelo com Misery. Peguei outras sugestões do vídeo também, mas não lembro de cabeça.

A novela é disponível pra quem tem Kindle Unlimited (não tenho certeza se também é disponível pra quem tem o Kindle pelo Amazon Prime, mas vale olhar. Segue o link!
Eu li muito nas últimas semanas: Comecei e terminei O conto da Aia (ATWOOD, Margaret) e O diabo apaixonado (CAZOTTE, Jacques). Estou na minha releitura lenta de A ilha do Dr. Moreau (WELLS, H.G.), e na metade de A cantiga de pássaros e serpentes (COLLINS, Suzanne), bem em tempo pra pegar o livro de Jogos vorazes sobre o Haymitch (chama Amanhecer na colheita, eu acho. Tá em pré-venda agora, mas eu tô sem dindim). Talvez eu releia todos os livros depois desse.


Esqueci como Jogos Vorazes era bom. Eu odiei o final da saga, então fiquei de mal da história por bastante tempo. Ainda acho algumas coisas do final conversa pra boi dormir e ainda tem dias que eu preferia que o livro fosse só o primeiro e ponto, mas a Suzanne Collins é uma escritora muito boa e sabe como tecer uma história sobre um protagonista complexo.
Snow foi um antagonista de milhões, do tipo que é difícil encontrar até na literatura "adulta". Muito YA dava na cara de livro "pra gente grande", acho que Jogos vorazes até mais que os outros. E o jovem Snow é um personagem mesquinho, porém tão, mas tão fascinante. Ele é como os ogros e as cebolas: ele tem camadas - e uma delas é: ele é baixo. Ele vai, aos poucos, tendo cada vez menos pudor em ser baixo.
E ainda que a história te explique os motivos, ela faz questão de também dizer: mas eu não justifico as ações dele. E isso é que é história, mano.


O Conto da Aia eu achei um desbunde, porém, absolutamente diferente das minhas expectativas. Eu esperava uma narrativa que explorasse (pejorativamente) a dor feminina, como a série, e eu encontrei uma reflexão sobre a dor feminina em meio a um mundo sem ordem, sem consolo. Achei incrível mas não é um livro sobre o qual eu queira falar porque ele é bastante difícil de engolir, bastante doloroso, ainda que não faça do sofrimento um espetáculo - e com muito mérito pra Margaret Atwood!
Sobre O diabo apaixonado, parafraseando o livro: Ai, meu Belzebu, meu querido, eu te adoro... HAHAHAHAHAHAHA
Pior que eu fiquei meio cabreira do Belzebu aparecer na minha cama HAHAHAHA Eu nem acredito nessas coisas, mas enfim, cada coisa que bota medo na gente, né?
Falar em medo, eu li Pedacinhos (KAGO, Shintaro. Ed. Darkside) e achei péssimo, eu queria fazer o livro em pedacinhos. Esperava um Junji Ito e ganhei um... sei lá o quê. Vou passar longe desse cara porque definitivamente não é pra mim.

Eu tive semanas corridas porém muito boas, o que me deixa em dúvida sobre o que mais falar.
Não estou acostumada a falar de quando as coisas estão bem, porque não me sinto merecedora de tudo estar bem, eu acho. E ao mesmo tempo, eu não gosto quando falo das coisas ruins, porque eu ficou tomada pelos sentimentos e pela situação e, bom, e aí eu ouço que eu só choro, que eu só penso no pior, que eu só reclamo, que eu sou só a vítima.... Viu? Eu não tive nem o que dizer sobre as coisas boas.
Eu queria não me ressentir de coisas que gente irrelevante me disse há 6 meses ou há 1 ano ou há 15 anos... Eu queria realmente ter um nível de autoconfiança em que eu assumisse que eu que tô certa e é isso aí.
Não é a pessoa que eu queria ser, porque eu quero ser justa e aberta. E não é justo não ouvir o que os outros dizem, mas ao mesmo tempo eu me pergunto se vale a pena ouvir e dar replay no que os outros disseram quando isso nunca me trouxe nada de bom... Não é a pessoa que eu queria ser, mas acho que é a pessoa que me faria sofrer menos.
Eu divago.
Vejamos o que nos aguarda agora, eu estou pronta pro futuro.

Se cuide até lá. 






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