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O Kakumei é meu porto seguro no meio do mar revolto da internet desde 2006. Como toda navegante, eu sempre volto pro Kakumei e pro mar de nadas da internet. Bem-vinde ♥

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Tenie. CDF e nerd, muito cansada. Gosto de gatos e livros (e HQs), de sorvete e milkshake, coisas fofas e coisas assustadoras, playlists estilo Alpha FM. Sempre amei blogar pelo prazer de fazer um post, escolher os gifs, comentar nos bloguinhos amigos, e ficar de boas nesse semi-anonimato.

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Arte de Solanin (Asano Inio, 2005-06)
Photoshop: Edição
Imgur: Hospedagem
Agradecimentos para: Shana pela amizade e pelo atual bottom do site

[TOGETHER] Tenie of the night: Uma blogagem bruxesca
written by Tenie at terça-feira, 31 de outubro de 2017


UM HORRIPILANTE HALLOWEEN PARA VOCÊS, CRIATURAS DA NOITE!
Bem-vindes ao último post deste mês tenebroso que eu amo! E, como não podia deixar de ser, o último dia do mês ficou reservado para o post do Together!
Quando eu li a proposta, eu soube que algo tão terrivelmente maravilhoso tinha que ficar pro final! E cá estamos!
Antes de mais nada, meus parabéns pra Shana, que só criou a melhor proposta de postagem coletiva pra um mês de Outubro! Todo mundo aplaude!
Eu não li o roteiro antecipadamente, então vai ser tudo uma surpresa aqui... Tô muito animada! MWAHAHAHAHAHAH
Vamo que vamo, coisinhas!

Você está com um grupo de amigos, e eles resolvem visitar um local ~assombrado~. Onde eles querem te levar?
Tudo bem, crianças, story time! Tudo começou com um tal castelo gótico, um tal de palácio num planalto. Eu nem sabia que tinha castelo no Brasil que não fosse um museu ou estivesse em um museu.

Ok, o local foi definido - mas e aí, qual a sua reação? Você vai?
Olha, nunca ouvi falar desse lugar, eu não curto essas coisas de assombrado e eu já vi filmes de terror o bastante pra saber que é uma ideia ruim. E minha mãe ia virar um pesadelo se eu fosse, então nope, vou nada.

Seus amigos são sacanas e já tinham decido te arrastar independente da sua vontade. Como é o trajeto?
A gente vai de carro, tipo roadtrip, então rola de tudo: muito congestionamento até sair de SP, um calor que não é brincadeira (porque eu nunca na minha vida fiz uma viagem de carro que não envolvesse muito, mas muito calor), algumas horas de músicas antigas que todo mundo sabe cantar, umas rusgas entre as pessoas porque o confinamento em um carro faz essas coisas rolarem mesmo nas melhores famílias, umas selfies, risadas e fofocas, porque seres humanos juntos, non? Uma bela dramédia de jovens adultos, eu diria.

Ok, parece bom. Chegando lá, ninguém quer entrar no local ~assombrado~, e resolvem tirar no palitinho. Quem foi o escolhido? Claro que é você! E agora?
Claro que Tenie levou o farelo. Pra um palácio, isso aqui tá mais pra Castelinho da Rua Apa, bem chinfrim e tal. Mas todo castelo que se preze tem aldrava e umas gárgulas - mesmo que essas sejam só flamingos de jardim muito feios. Como eu sou educada, eu pego a aldrava e bato 3 vezes.

Bom, você é o protagonista, etão independente da pergunta anterior, você adentra o local ~assombrado~. Quais são as primeiras 3 coisas que você vê?
A porta abre e vossa corajosa sqn protagonista adentra o ambiente obscuro. Há uma escada em espiral no centro do vestíbulo, um pequeno e fofuxo, porém suspeito, patinho de borracha sobre um degrau... E, o mais assombroso, o mais aterrador... Um afresco de Romero Britto. E eu tenho todo o direito a dizer isso, eu sou Brito também e isso não é Brittofobia.

Hm, é, ok. E aí, é ~assombrado~ mesmo?
Olha, é mais assombroso que assombrado.

Tá. Bom, de qualquer maneira, você precisa explorar um pouco mais. Ah é, seus amigos te obrigaram a fazer uma aposta! Qual era a aposta?
Um ano de comida grátis nos rolês se eu voltar viva. Não tenho nada a perder.

Ok, missão definida, você está desbravando o local. O que está acontecendo?
O pato psicopático está na dele, o afresco do horror também está lá, assombrando, e a escada está...

Ei. Você ouviu isso?
A escada está rangendo. É isso, produção? A escada está rangendo?????

Ufa. Era só a sola do meu sapato fazendo barulhinho. Continuemos. A propósito, você não está mais sozinho. Fique atento.
Ah, calma, não. Era só o pato fazendo barulhos constrangedores... Bem que Billy & Mandy me avisou dos perigos dessas criaturas. Agora acho que posso desencostar da parede... Não ia me esconder muito anyway. Mas eu ainda acho que tinha alguém descendo as escadas.

Você provavelmente tinha algum instrumento com você. Se for uma lanterna, ela vai cair num buraco. Se for um celular, vai acabar a bateria. O que você vai fazer agora?
Eu tinha uma caixinha de fósforos... Eles são ruins, tentei acender todos enquanto achava que alguém estava descendo pra cá... Eu vou reclamar muito desses caras no ReclameAqui quando eu voltar pra civilização. Talvez tenha uma trilha de palitinhos atrás de mim... Ooops.

Você acaba de se dar conta de que está perdido no local e não consegue mais ouvir seus amigos. Qual a primeira coisa que te passa pela cabeça?
Fu-deu. Sou muito jovem pra morrer e muito velha pra me mijar.

Tem algo atrás de você. Mas você não pode ver. E agora?
CORRE, COLEGUINHA, CORRE!




Parece um plano. Continue assim. Enquanto isso, você percebe que está cada vez mais escuro. O que você faz?
Fecho os olhos e continuo correndo, porque o que é um pum pra quem tá todo cagado, non?

Tem algo aqui. O que é?
É o... O Ilegítimo, aquele-que-não-gosta-de-ser-nomeado, aquele que cortou minha futura bolsa de mestrado e comeu a marmita da marmota e tantas coisas inomináveis, socorro.

Certo. Qual o seu plano pra se livrar disso?
UMA ESTACA!!!! EU PRECISO DE UMA ESTACA!

Você não conseguiu se livrar disso. Agora, está ouvindo vozes. Não são seus amigos. O que você faz?
Não tem estacas por aqui - claro, é o cafofo do cara, né. Eu não ia encher meu cafofo de doces com maçã, minha kriptonita. Duh. Se O Ilegítimo está aqui e essas vozes não são meus migues, entonces só pode ser a trupe toda: Fred Kruge e o Jason, o Alien e o Predador, o Chuck e a Annabelle, o Lobão e o Roger... Vixe. Vieram levar meus patos à meia-noite, que nem naquele filme do Zé do Caixão.

Bom, a essa altura você já amaldiçoou todos os seus amigos, a sua sorte e toda a sua árvore genealógica. Qual o plano?
Coleguinha, como assim plano? Acho que é bater e correr e rezar, igual quando tá acabando o prazo pra entregar os trabalhos da faculdade.

Em meio a seu desespero, você encontra um objeto que pode te ajudar. O que é, e como você vai usá-lo?
É uma nerf!!! Porque água derrete bruxa, derrete vampiro (mas vai ter que dar uma rezadinha em cima dela depois) e afasta até mau humor. Uma nerf bem peruada, veja bem: com muito glamour, purpurina e glitter, cada esguicho é um flash!

Em posse do seu plano e do seu objeto, você chega a um novo ambiente no local. Descreva o lugar.
O plano sofreu um upgrade para ATIRAR PRIMEIRO E PERGUNTAR DEPOIS! (Enquanto corro, claro, porque não pode bobear)
E nessa eu termino em uma salinha muito pequena e clara, com várias coisas empilhadas e cobertas por lençóis. Não há janelas ou portas, nem mesmo sei por onde entrei.

Neste ambiente, você encontra um caderno, parece um diário. Como ele é?
Um moleskine preto pequeno de capa brilhante, bem comunzão.

Você eventualmente descobre que o diário foi escrito por você. Você está morto há 33 anos, e sua alma está presa ao local. Algo te impede de seguir adiante e, se você não descobrir o que te prende no mundo terreno, está fadado a repetir o mesmo ciclo todos os dias, por toda a eternidade. Qual a sua reação?
Eu não ganhei um ano de comida de rolê grátis? O peixe morre pela bocarra mesmo, tem jeito não. Sacanagem, pô. E eu não queria ter morrido bv e virgem???? Estou muito frustrada, chateadíssima.

Você consegue se lembrar o que te prende no plano terreno?
Morreu bv, sem ir à Broadway e sem publicar nenhum livro ou comprar um vibrador..... Não faço a menor ideia. O que que será que pode estar acontecendo? Deve ser a aposta que eu perdi, envolvia comida e isso é um ponto fraco pra taurinos como eu, né.

Havia algo com você no meio da história. Está de volta. Você pode fugir ou interagir. Tomada a sua decisão, o que acontece?
Eu ainda estou meio chocada, bem chateada e bem puta da vida - ou da morte, whatever - quando eu vejo um lençol com um formato vagamente familiar. Sobre a montoeira de coisas, a forma de um gracioso e fofuxo, porém ainda suspeito, patinho. E eu sei que esse patinho tem alguma coisa a ver comigo, porque ele tem olhinhos redondinhos e é só um pouco suspeito, ao contrário daquele irmão maior dele, o famoso. Como uma lembrança muito, muito distante de algo que é engraçadinho, mas irrelevante, como um patinho de borracha e outros bibelôs. Eu enfrento a bagunça para resgatar Dan, o Patinho, já que estamos presos aqui mesmo.
Quando puxo o lençol, não há mais bagunça, diário, lençóis, chão ou teto... Só eu e o dito patinho no abismo de sei-lá-onde.

Você está caindo. O que está acontecendo?!
Boa pergunta! Esse narrador só quer saber de perguntar, perguntar, responder que é bom, nada! Hey, Dan Patinho! Você por aqui! Gostaria de entrar e tomar uma xícara de chá?

Você acordou na sua cama. São 5:55 da manhã. Foi tudo um sonho?
Ufa, parece que foi... Só... Um... Que que é isso que eu tô deitada em cima? ... PQP, que aqui quer dizer Pato Que Partiu. Dan, o Patinho é real, eu devo ser Donnie Darkko... Droga.

Você começa a seguir sua rotina. Há uma sensação de deja vu. O que você está pensando?
Talvez seja Premonição, saca? Eu sempre tive o patinho, era meu elo com o mundo fora da premonição, e agora o danado é a prova de que a vida é uma franquia de slasher barata mas viciante, cujo o quinto filme é muito melhor que os outros quatro juntos. Eu tive uma premonição, é isso. Agora o que eu preciso fazer? Me internar e nunca mais sair? Cavar um bunker e nunca mais sair? Me confessar pro crush e morrer? Seguir o baile e morrer? Eu não tenho crush, não tenho pá e, bom, meus amigos estão aqui... Eu não quero seguir o baile? Por favor?
Eu olho pra Dan, o Patinho, com aqueles olhinhos elípticos pintados na carinha borrachudinha, e começo a chorar porque a minha vida tá uma merda e eu tenho que resolver os rojão tudo senão eu vou morrer e não vou nem mais ter vida pra reclamar que tá uma merda.

Você acaba de descobrir algo relevante para a história. Nos conte!
De repente, eu sou envolta em uma espiral colorida, brilhante e extravagante... E me transformo na Super Pata (em homenagem a Super Pig, ló-gi-co), defensora do amor, da justiça e do pessoal que faz muito papel de bobo. Minha frase de efeito é "Nunca se é tarde demais para deixar de ser trouxa"... Ou eu gostaria que fosse, anyway.

Com a sua descoberta, a história tem um plot twist (reviravolta). O que está acontecendo agora?
Sob a proteção da Constelação de Cisne (Também não sei porquê, eu estou ciente de que meu objeto mágico é um patinho de borracha, chamado Dan, e que pato não é cisne), eu sou capaz de derrotar O Ilegítimo e salvar a minha pele e o dia - por hoje. Bom, mas tudo na vida é só por agora mesmo, non?

Você está de volta ao local. Explique.
Agora o pato vai comer! Ainda assim pegamos congestionamento. Meu palpite é que estou presa em um loop temporal. A aposta é feita, eu entro e lá está meu adversário. Eu me transformo na Super Pata e atravesso o afresco assombroso em busca da única coisa que pode me ajudar agora: uma estaca. O cara realmente guardou uma estaca em casa... Impressionante. E eu achava que eu era trouxa.

Você precisa realizar uma ação. Qual?
Eu luto contra O Ilegítimo com cabeças de alho e os poderes da Pata, até finalmente conseguir enfiar a estaca em seu coraçãozinho vampiresco... Me preparo para encarar o resto dos monstros no castelinho, mas com O Ilegítimo materlado, o resto da trupe e do palácio somem... Porque eles são uma ilusão!
Eu acordo no carro, depois de ter desmaiado de tanto espirrar dentro do tal palácio num planalto.

Depois de tudo, você só consegue pensar em uma coisa: o que é?
Que era tudo coisa da minha cabeça e que eu agora só vou em rolê que tiver comida. Por outro lado, eu não sou uma garota mágica... Triste.

Parabéns! Você chegou ao final. Você sobreviveu?
Claro. Se eu não saísse de um pastelão desses, eu podia fugir do país e mudar de identidade, a vergonha ia perseguir Tenie F. Shiro para sempre.

Tem certeza?
Uhum, mas foi por pouco, hein.

Mesmo, mesmo?
Claro, coleguinha! Pare de me pressionar, tô ficando confusa.

Você se depara mais uma vez com o diário. O que está escrito?
"Vá dormir, Stephanie. Que saco, tu não consegue acertar a porra do horário de sono por causa dessas"

Com o que você descobriu, coloque um fim nessa estória, de uma vez por todas!
E Tenie foi para casa dormir e curtir o Halloween, feliz pra sempre. Fim.


Quando eu respondi às últimas perguntas, juro que não estava chapada, só estava com muito sono [Cochilou entre uma pergunta e outro nas últimas 5 ou 6], mas mesmo sem sono eu tenho esse humor nonsense pastelão, meio Rock Horror Show, meio Sai de baixo, meio TV Globinho... HAHAHAHA
Vergonhoso, claro, mas eu não posso negar quem eu sou HAHAHAHAHA
Amei, amei, amei o roteirinho, Shana-chi vai ter material pra fazer me interditar por uns cem anos aqui, mas certamente foi uma das coisas mais divertidas que eu já respondi e fiz por aqui. Obrigada por ser sempre tão terrível, Shana! ❤️
Sobre o patinho de borracha, uma trivia: um dos meus tios tinha uma coleção de patinhos decorativos e ele passou todos pra mim quando eu nasci... Obviamente que a pequena Tenie não deixou sobrar pato sobre pato, eu nem lembro como eram os danados. E outra curiosidade sobre Dan, o Patinho: Ele existe, mas é um livrinho. Foi o primeiro livrinho que eu ganhei, é em formato de pato e é sobre um patinho (chamado Dan, claro) que tem medo de água e não sabe nadar. Eu ainda tenho esse livro, aliás, só não sei como ele sobreviveu à minha infância. E é claro que eu sou contra o uso de patinhos inocentes como símbolos de pseudo-gestores narcisistas e instituições suspeitas no geral. Recuse qualquer pato que tenha X no lugar dos olhinhos elípticos bem-intencionados.
E é isso. 🎃🎃🎃 Lembrando que o último post do Bruxas foi um conto halloweenesco - dois, um meu e outro da Shana. Então, não deixem de conferir ambos! O da Shana AQUI, no Hishoku, e o meu neste link aqui, neste mesmo local 👻👻👻
Espero que Outubro tenha sido mágico e divertido pra todo mundo, mas que Novembro seja muito melhor!  E, bom, reta final de 2017... Como lidar?
Até a próxima temporada assombrada de blogagens, migues! 🔮
Spooky kisoos


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[Bruxas do 31] Folclore maldito
written by Tenie at sexta-feira, 20 de outubro de 2017



Bem-vindes ao penúltimo post do nosso amaldiçoado, desprezível, abominável Bruxas do 31 de Outubro!
E, por favor, permitam-me dizer: Outubro, pelo amor das deusas, tenha piedade de mim!
Uma coisa que o Bruxas me faz perceber é como as semanas passam rápido. Outra é como eu sou tão pouco teatral comparada com a Shana-chi... Colegas, a mina é muito boa na arte dos posts temático e da blogagem em geral (e em vários rolês, mó mina zika, coleguinhas). A Shana-chi é a diva que eu
e você queremos copiar, né non?
O post de hoje é curtinho porque estou com a casa em reformas e a minha vida tá toda revirada - e assim ficará por mais uns 10 dias... Estou cansada só de pensar nisso!
Outra coisa cansativa é pensar que minha estante de livros está em petição de miséria e eu preciso conceber um plano rápido para esvaziar a bichinha... Vai rolar um 20 anos em 2 meses, aparentemente. Agora eu estou mais cansada.
Agora que já fiz uma publicidade da minha comadre e choraminguei um pouco, vamos ao calamitoso post da vez!


Hoje é dia de valorizar nosso folclore, que também é cheio de lendas assustadoras! E eu sei disso desde muito cedo porque Cata-lendas. Caramba, aquele programa era uma fofurinha, eu amava a Dona Preguiça e o Preguinho, mas tinha cada coisa que eu ficava literalmente

Bonitiinhu... Mano do céu, que que tá conteceno? Pra que issu, mano? Credo!

Se tinha uma lenda que me deixava com o coração na mão toda vez - mas eu sempre via, porque desde pequenininha eu vivo la vida loka - era a do Mapinguari. PQP, que medo que eu tinha daquela criatura!
[E sim, a fonte principal deste post foi o Cata-lendas, que está disponível no Youtube]
O Mapinguari é essa criatura monstruosa coberta de pelos, gigantesca, com um olho no centro da testa (como eles viram isso entre tudo aquilo de pelo? Fica a pergunta) e uma bocarra no lugar do umbigo - Nightmare fuel procês, coleguinhas: se ele é gigante, imagino que a cabeça de um humano médio deva bater na linha do umbigo dele... Imagina tu andando por aí, na floresta... Você não ia nem saber o que te pegou. Até porque a Dona Preguiça já dizia que ele gostava de comer cabeças e eu sei que a Dona Preguiça xamais mentiria pra mim.
Algumas versões alegam que o Mapinguari usa um tipo de armadura de casca de tartaruga, outras afirmam que sua pele é tão resistente quanto a couraça de um jacaré. Outras versões alegam que ele teria pés em formato de mãos de pilão (aquela parte do pilão que você usa pra esmagar as coisas. Explicação nota 10 da Tenie). Como se ele já não fosse letal e assustador o bastante sem isso, néam?
Essa não é só uma lenda nacional, já que o Mapinguari mora entre as florestas amazônicas brasileira e boliviana - sim, amiguinhes, o Mapi tem dupla cidadania e você não!
Como muitas criaturas do folclore, ele costuma se fartar em caçadores e fazendeiros que não sabem respeitar a floresta. Imitando o chamado dos caçadores (no Cata-lendas, era o assobio, que eles usavam para se distinguir dos outros), vai até aqueles que respondem e, como ele não é fraco não, não adianta nem atirar, porque um sopro do Mapinguari pode dilatar o aço do cano da arma. Poucos escapam, e os que conseguem, ficam com sequelas e feridas para o resto da vida.
Você sabe que um Mapinguari passou porque ele deixa um rastro de árvores derrubadas e destruição, e um cheiro pestilento, um pouco parecido com o de um gambá, mas pior, capaz de deixar a presa tonta e vulnerável. Novamente, isso porque a boca do bicho já fica na altura da cabeça de uma pessoa de altura média... Imagina isso tu já estando tonto e bem confuso. Isso, claro, se você tiver a sorte de chegar ao local depois que ele passar, porque se você estiver por perto ou in loco quando ele estiver passando, você vai saber da presença dele na hora em que ouvi-lo gritar - porque não basta quebrar tudo, tem que se esgoelar também.
Para a nossa alegria (???), alega-se que o Mapinguari seria um criptídeo diurno, deixando a noite para dormir, como nós claramente não como eu, porque blog all night here. Há divergências, claro, mas segue o bonde aqui.
Há teorias de que o Mapinguari seja apenas uma preguiça pré-histórica gigante que sobreviveu de alguma forma a... Bom, tudo que rolou nos últimos anos e talz. Porém, por alguma razão engraçada, a única criatura capaz de afugentar um Mapinguari é um bicho-preguiça - sim, aquele coleguinha de bracinhos e perninhas longos e com aquela carinha simpática, com o qual a gente se identifica só um pouquinho. Então, nunca vá a Amazônia sem um bicho-preguiça #ficaadica

Se o Mapinguari tem medo dela, acho que nós também deveríamos. Just saying

Já deu pra entender porque a Dona Preguiça contava essa história e ficava de boinhas lá, na maior serenidade 👀👀👀
Apesar de a Wikipedia trazer um relato de avistamento de dois mapinguaris, um macho e uma fêmea, em 1967, não há confirmações científicas da existência dos mesmos.
Se os Mapinguaris estão por aí, favor agir, porque se depender do nosso governo, não vai sobrar nada nem da Floresta Amazônica, nem dos animais silvestres, nem de nós mesmos, aliás. Então, se os coleguinhas puderem agir, a gente até dá um jeito de recolher as preguiças temporariamente.
Em suma, se você estiver na floresta amazônica e ouvir um assobio ou chamado que pareça humano e sentir um cheiro horroroso, suas únicas chances são: ficar bem quietin e correr, achar um bichinho-preguiça o quanto antes ou dar um tiro perto do umbigo do Mapinguari - Dona Preguiça que me disse e aquele fantoche sabia de coisas, sim!


Agora, se você vai ficar na selva de pedra como moi, semana que vem temos o último post do Bruxas e ele é mais que especial: vai ser um conto cujo prompt foi selecionado através de palavras aleatórias, com uma música de nossa escolha (dentre 3 que cada uma escolheu de seu repertório de músicas inspiradoras para escrever) e com uma imagem de inspiração que uma escolheu para a outra.
E eu estou terrivelmente animada para isso!
Então, semana que vem todo mundo aqui, ok?
Mas, antes de qualquer coisa, it's dangerous to go alone! 

Take this smol sloth with you and be safe! 😉

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[Bruxas do 31] Duas antologias e um suspense para arrepiar o seu mês de Outubro
written by Tenie at sábado, 14 de outubro de 2017

Entrem, entrem, criaturas da noite! Bem-vindes a este abominável blog para mais um post pestilento do meu, do seu, do nosso Bruxas do 31 de Outubro.
Hoje é um dia muito especial porque é uma Sexta-feira 13! Aquele dia que a gente adora odiar, quando todas as emissoras passam filminhos de terror e, sendo este um mês assombrado, esta sexta-feira é muito, muito maligna! MWAHAHAHA
Pensando nisso, hoje eu vos trago uma lista de horror com duas antologias e um suspensão da porra para te aterrorizar até o fim deste mês medonho!
Escolhi duas antologias porque elas são vários curtas em um filme só, então dá pra checar várias histórias e estilos em um mesmo filme, todos sob um mesmo tema - e porque antologias sempre têm uns que são mais ruinzinhos e outros que são muito bons, então dá pra recuperar o fôlego dos sustos nos ruizinhos pra poder se assustar de novo depois! E um suspense porque o suspense em questão foi uma agradável surpresa que eu achei neste ano, é de uma diretora que aparece em uma das antologias,
e suspenses psicológicos são bons para quem quer evitar os jumpscares e monstros e esse tipo de coisa - além de ser ótimo pra quem está procurando algo pra se arrepiar e pensar ao mesmo tempo.
Todos estão disponíveis no Netflix, então, é só preparar o coração, a pipoca e dar o play!


Claro, depois de passar no Hishoku no Sora e conferir o post de hoje da Shana, a minha parceira de diabruras!
3. Holidays (2016)
Foi uma das primeiras antologias que eu vi e ela traz o lado mau de 8 datas festivas em 8 curtas de diferentes diretores (só um dos curtas é de uma diretora, e é o de Dia das Mães. Tirem as conclusões que vocês quiserem, mas eu achei uma bosta e eu acho a indústria cinematográfica machista pra caralho e que essas antologias são só reflexo disso não achei isso nada bom).
Os frames, que são os quadros ou pequenas filmagens que aparecem no intervalo entre cada segmento e dão liga ao filme enquanto uma coisa só, são cartões festivos macabros e eu achei isso muito bacana. A forma como uma antologia apresenta seus frames é importante, porque só os curtas em si não vão se ligar sozinhos.
Meus segmentos favoritos foram os de Páscoa, Dia dos Pais, Ano Novo e Dia dos Namorados. Os de Ano Novo e Dia dos Namorados são bem batidinhos e comuns, mas são um comum bacana com várias referências aos filmes de terror nos quais são inspirados - eles trazem o arroz e feijão do seu gênero. Já o de Páscoa foi de arrepiar os cabelos do cuelho. E o de Dia dos Pais foi muito interessante e inteligente, mas não tão apavorante quanto o de Páscoa - bom, eu particularmente nunca confiei nesse tal desse Coelho da Páscoa, depois dessa antologia, só me tragam os chocolates e não me falem mais nada.
Para resumir os quatro segmentos: Na Páscoa, uma menininha não consegue entender qual a relação entre Jesus e o Coelhinho da Páscoa [ao final do filme, você vai desejar não ter descoberto também]; No Dia dos Pais, uma mulher recebe um pacote misterioso que promete levá-la ao encontro do pai, desaparecido há muitos anos; No Ano Novo, você vai descobrir como o Tinder pode estar letalmente certo, quando duas pessoas aparentemente diferentes são pareadas e decidem passar a noite da virada juntas; e no Dia dos Namorados, o que aconteceria se Carrie, a estranha, tivesse uma queda por sua professora seu professor bonitão de educação física, que tem um pequeno problema coronariano em seu bom coração?Mas tem um curta que precisa ser ressaltado: O de Patrick's Day. Que que tava conteceno naquele curta???? Qual era o objetivo? Qual era o propósito? O que eu acabei de ver????? É uma coisa tão xis que eu acho que entrou na antologia por W.O. no segmento São Patrício, só pode.
Um problema dessa antologia é que, muitas vezes, os atores não ajudavam em nada a história. Alguns eram muito plastificados, outros eram muito bons, mas como cada curta terminava com apenas 10 minutos, logo você tinha que lidar com algumas atuações, histórias e direção de chorar.
E eu realmente não estou certa se eu gosto de antologias com tantos segmentos - claro, um bom curta te conta uma boa história em pouco tempo, mas não foi exatamente o que eu encontrei.
2. XX (2017)
Que eu sou total a favor de aumentar a diversidade apresentada tanto diante quanto por trás das câmeras, vocês que sempre vêm aqui já devem ter sacado. O que faz de XX tão sensacional é que se trata de uma antologia de terror 100% feminina (feminina cis, mas eu sei que nada é perfeito, então vou me limitar a dizer que sim, eu notei isso e ainda há muito pela frente), com 4 curtas dirigidos por mulheres.
Os frames, inclusive, são um show a parte, também dirigido por uma mulher (Sofia Carrillo) - e contam a história de uma casinha de bonecas antropomorfizada que anda pra lá e pra cá com motivações... Obscuras. É praticamente todo em stop motion, eu fiquei de boca aberta porque amo todos os tipos de animação e ver stop motion ali, entre um bom curta e outro, era mara.
É uma antologia mais curta, com menos segmentos, então cada segmento tem mais tempo para se desenvolver. Eu achei os curtas do meio um pouco menos empolgantes que o primeiro e o último, mas acho que faz sentido você abrir e fechar com chave de ouro.
O primeiro segmento, The Box, conta a história de uma mulher cuja vida familiar se complica quando seu filho, após olhar dentro de uma caixa trazida por um estranho no metrô, deixa de comer. Belas imagens de comida intocada, uma tensão crescente e um tipo de terror que reside naquilo que não sabemos, bem ao estilo A pata do macaco, por exemplo. Aquilo que torna a sua imaginação a parte mais assustadora da experiência.
O segundo, The Birthday Party (Annie Clark/ St. Vincent - sim, aquela St. Vincent, a que canta), segue uma mãe suburbana no dia da grande festa de aniversário de sua filha pequena... O problema é que seu marido não quer colaborar em absoluto. Sim, o pesadelo é real, coleguinhas!
O terceiro segmento, Don't Fall, mostra quatro amigos que estão fazendo hiking em uma região afastada, quando um deles começa a ter comportamentos estranhos.
E, por fim, o último e o meu favorito, é o Her only living son (Karyn Kusama), que é um what if baseado na boa e velha história da mulher que pari o Anti-Cristo. Em geral, essas histórias, que acharam sua síntese e pico com O bebê de Rosemary, acabam antes de vermos o que acontece depois, quando a criança crescer e o... O outro pai vier reclamá-la. Então temos Cora, uma mulher isolada e esquisita, que mora com seu filho de quase 18 anos, Andy. O desenrolar é muito bom e eu certamente veria mais desse curta.
A audiência teve uma reação ruim à antologia, mas considerando que a mesma foi anunciada na época da controvérsia do remake de Ghostbusters (que eu ainda não vi, mas já considero pakas) e que muitos fanboys e caras detonam filmes e conteúdo feito por mulheres simplesmente porque é feito por mulheres, eu não estou surpresa. Eu achei XX muito superior à Holidays, mesmo que Holidays seja considerado pelo público uma antologia de terror melhor - eu achei XX mais consistente num todo e mais bem trabalhado.
Mas, claro, eu não sou cega aos problemas da antologia: 3/4 dos segmentos são sobre mães e 100% do protagonismo é branco e cis. Há muito o que melhorar, claro, mas precisamos começar de algum lugar.
Eu gostei horrores de XX e recomendo muitíssimo!
1. The Invitation (Dir. Karyn Kusama)
Eu vi esse filme despretensiosamente e achei genial. Na verdade, como um bom suspense, sobram perguntas a serem respondidas, mas que só instigam o espectador a pensar mais sobre o filme. Eu penso muito sobre os possíveis desdobramentos da história.
Sim, é da mesma diretora do meu segmento favorito de XX, Karyn Kusama. Eu descobri primeiro The Invitation e depois fui atrás de outras coisas dela - na verdade, quando eu vi, não sabia nem quem dirigia nem nada. E eu acredito, sim, que ela ainda vai ser um nome de peso no terror e no suspense.
A história segue Will que, após um evento traumático, vai à sua antiga casa para uma reunião promovida por sua ex-mulher e seu novo marido. Todos os amigos comuns dos dois estão presentes, mas o clima faz com que Will não acredite nas boas intenções dos anfitriões, recém-chegados do retiro de um culto chamado The Invitation.
É um filme muito bem dirigido, que constrói o suspense magistralmente e que merecia virar uma série, porque tem material o bastante para sustentar uma temporada inteira com perguntas, tensão e respostas assustadoras.
Outra coisa: é um filme de suspense dirigido por uma mulher, a mesma que dirigiu Garota Infernal e Æon Flux - além de ter feito só o meu curta favorito de XX. E o filme até que tem representação bem diversa, dado que o elenco é bem reduzido.
Eu achei o filme muito inteligente e, claro, não vi uma vez só. E, sim, quero uma série, uma continuação, sei lá. E estou começando a gostar mesmo dos filmes da Karyn Kusama.
E essas foram as sugestões assombrosas do post de hoje! Agora é só pegar a pipoca e dar o play na Netflix!
Antes, porém, vale lembrar: quem não for no Hishoku antes vai ser amaldiçoado com uma semana de coceira na sola do pé! E tenho dito!
Se vocês também têm sugestões de filmes, séries, livros ou qualquer coisa pra esquentar (ainda mais, porque pqp que calor que tá fazendo!) o nosso mês, indiquem nos comentários!
Semana que vem tem mais terrores do meu, do seu, do nosso Bruxas!
Spooky kisoos


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[Bruxas do 31 (de outubro)] Spooky spooky story (aconteceu mermo, genteee!)
written by Tenie at sexta-feira, 6 de outubro de 2017

IT'S HALLOWEEN, WITCHEEEEEEEEES!!!!!!!!!!!!
E o Bruxas do 31 de Outubro está de volta! Yay, yay, yay!
Por mais um ano, eu e a minha associada Shana traremos assombro para o seu mês de Outubro com posts combinados, então, preparem-se para encrenca em dobro!

Ano passado, a gente fez várias resenhas e isso acabou nos cansando bastante - e decidimos não ler 20 mangás, ver 10 filmes e analisar 3 amostras de sangue em laboratório para este ano do Bruxas. HAHA
O tema do Bruxas é algo como campfire stories, histórias contadas ao redor da fogueira, sob o céu estrelado, enquanto estamos cercadas dos sons e das sombras da floresta. E para começarmos os trabalhos, um post em que temos que contar pelo menos um evento real assustador que aconteceu conosco.
A história que eu vos trago nesta primeira semana de Outubro é...

O CHORO DA BONECA
Deve fazer uns 10 anos que isso aconteceu. Era Natal e minha irmã tinha juntado uma grana para comprar aquela boneca cara que falava, comia e o capeta - Baby alive? Ela teve duas dessas.
E eu sempre - sempre - me pelei de medo de boneca. Especialmente esses bonecão estilo bebê, porque eu acho que eles são bizarríssimos. Sem ofensas a quem acha bonitinho e tal, mas eu acho horroroso.
Nessa época, estávamos pintando a casa por dentro, então as coisas estavam meio bagunçadas, algumas meio desmontadas, então a casa estava toda cheia de fazer eco porque estava meio vazia ou sei lá. Desculpa aí, não sei explicar o que rola  ¯\_(ツ)_/¯
Era Natal, aquela época feliz e propensa a tretas familiares. Todo mundo comeu, todo mundo ganhou alguma coisinha... E minha irmã ganhou a bendita boneca.
E enquanto as luzes estão acesas e todos estão por perto, a danada era até engraçadinha e interessante.
Mas quando você está sozinha na sala, mexendo no seu PC (porque na época notebook até existia, mas as casas tinham computador desktop mesmo), e não tem mais ninguém na sala, que está completamente deserta, [Pra vocês terem uma dimensão do quão isolada eu estava no momento] todo mundo dormindo, e a dita sentandinha no sofá, você bem na linha de visão dela (?), só você e ela.
Estava eu de boas no PC, com o MSN ligado, Fanfiction.net aberto, escrevendo loucamente, fazendo mil coisas, quando, no silêncio parado da madrugada natalina, eu ouço o som terrível...
Uma risadinha.
😱😱😱
Eu não queria saber de explicação, de lógica, de nada! Eu fechei todas as janelas, desliguei o monitor e saí voando pro meu quarto, morta feat. enterrada de medo da boneca, antes que ela fizesse mais algum som, piscasse um olho, andasse ou tentasse me matar. Vocês sabem como bonecos assim são. 
Eu vi Chuck, eu sei me cuidar. 👀👀👀
Bobo? Com certeza, mas foi assustador mesmo assim. E foi real.


E esta foi a história muy assombrada de hoje! Tá mais pro riso da boneca, mas eu precisava de um título que invertesse as expectativas HAHAHA
Minha família rolou de rir de manhã, quando eu contei a história - isso só aconteceu comigo, aposto que só porque eu estava tão morta de medo da boneca que atraí isso pra mim, sei lá.
Eu tentei pensar em algum evento sobrenatural ou estranho, mas não consegui lembrar de nenhum que tivesse acontecido comigo - eu acho que não sou a pessoa mais propensa ao mediúnico, porque todas as coisas assombrosas que rolaram comigo foram porque eu estava muito assustada com as minhas expectativas... Bom, é, não é bem um evento de assombro, tá mais pra um evento de ridículo...
Pelo menos não foi a vez que eu me assustei com o capuz do meu agasalho enquanto estava meio dormindo. Vou parar por aqui antes que eu queime meu filme irreversivelmente. 😆
Curtiram? Não curtiram? Nem sim nem não, muito pelo contrário?
Digam aí!
E não deixem de ver o post da Shana, lá no Hishoku no Sora!
Semana que vem, tem mais Bruxas do 31 pra vocês! 
Spooky kisoos

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