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Mestra Tenie dos Pisca-Piscas. Touro, INFJ, 4w5. Nerd e CDF. Chorona e fortona.
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Gosto de gatos e livros (e HQs), de sorvete e milkshake, coisas fofas e coisas assustadoras, musicais com canibais ou fantasmas da ópera. Sempre amei blogar pelo prazer de fazer um post, escolher os gifs, comentar nos bloguinhos amigos, e ficar de boas nesse semi-anonimato.

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[Bruxas do 31] Duas antologias e um suspense para arrepiar o seu mês de Outubro
written by Tenie at sábado, 14 de outubro de 2017

Entrem, entrem, criaturas da noite! Bem-vindes a este abominável blog para mais um post pestilento do meu, do seu, do nosso Bruxas do 31 de Outubro.
Hoje é um dia muito especial porque é uma Sexta-feira 13! Aquele dia que a gente adora odiar, quando todas as emissoras passam filminhos de terror e, sendo este um mês assombrado, esta sexta-feira é muito, muito maligna! MWAHAHAHA
Pensando nisso, hoje eu vos trago uma lista de horror com duas antologias e um suspensão da porra para te aterrorizar até o fim deste mês medonho!
Escolhi duas antologias porque elas são vários curtas em um filme só, então dá pra checar várias histórias e estilos em um mesmo filme, todos sob um mesmo tema - e porque antologias sempre têm uns que são mais ruinzinhos e outros que são muito bons, então dá pra recuperar o fôlego dos sustos nos ruizinhos pra poder se assustar de novo depois! E um suspense porque o suspense em questão foi uma agradável surpresa que eu achei neste ano, é de uma diretora que aparece em uma das antologias,
e suspenses psicológicos são bons para quem quer evitar os jumpscares e monstros e esse tipo de coisa - além de ser ótimo pra quem está procurando algo pra se arrepiar e pensar ao mesmo tempo.
Todos estão disponíveis no Netflix, então, é só preparar o coração, a pipoca e dar o play!


Claro, depois de passar no Hishoku no Sora e conferir o post de hoje da Shana, a minha parceira de diabruras!
3. Holidays (2016)
Foi uma das primeiras antologias que eu vi e ela traz o lado mau de 8 datas festivas em 8 curtas de diferentes diretores (só um dos curtas é de uma diretora, e é o de Dia das Mães. Tirem as conclusões que vocês quiserem, mas eu achei uma bosta e eu acho a indústria cinematográfica machista pra caralho e que essas antologias são só reflexo disso não achei isso nada bom).
Os frames, que são os quadros ou pequenas filmagens que aparecem no intervalo entre cada segmento e dão liga ao filme enquanto uma coisa só, são cartões festivos macabros e eu achei isso muito bacana. A forma como uma antologia apresenta seus frames é importante, porque só os curtas em si não vão se ligar sozinhos.
Meus segmentos favoritos foram os de Páscoa, Dia dos Pais, Ano Novo e Dia dos Namorados. Os de Ano Novo e Dia dos Namorados são bem batidinhos e comuns, mas são um comum bacana com várias referências aos filmes de terror nos quais são inspirados - eles trazem o arroz e feijão do seu gênero. Já o de Páscoa foi de arrepiar os cabelos do cuelho. E o de Dia dos Pais foi muito interessante e inteligente, mas não tão apavorante quanto o de Páscoa - bom, eu particularmente nunca confiei nesse tal desse Coelho da Páscoa, depois dessa antologia, só me tragam os chocolates e não me falem mais nada.
Para resumir os quatro segmentos: Na Páscoa, uma menininha não consegue entender qual a relação entre Jesus e o Coelhinho da Páscoa [ao final do filme, você vai desejar não ter descoberto também]; No Dia dos Pais, uma mulher recebe um pacote misterioso que promete levá-la ao encontro do pai, desaparecido há muitos anos; No Ano Novo, você vai descobrir como o Tinder pode estar letalmente certo, quando duas pessoas aparentemente diferentes são pareadas e decidem passar a noite da virada juntas; e no Dia dos Namorados, o que aconteceria se Carrie, a estranha, tivesse uma queda por sua professora seu professor bonitão de educação física, que tem um pequeno problema coronariano em seu bom coração?Mas tem um curta que precisa ser ressaltado: O de Patrick's Day. Que que tava conteceno naquele curta???? Qual era o objetivo? Qual era o propósito? O que eu acabei de ver????? É uma coisa tão xis que eu acho que entrou na antologia por W.O. no segmento São Patrício, só pode.
Um problema dessa antologia é que, muitas vezes, os atores não ajudavam em nada a história. Alguns eram muito plastificados, outros eram muito bons, mas como cada curta terminava com apenas 10 minutos, logo você tinha que lidar com algumas atuações, histórias e direção de chorar.
E eu realmente não estou certa se eu gosto de antologias com tantos segmentos - claro, um bom curta te conta uma boa história em pouco tempo, mas não foi exatamente o que eu encontrei.
2. XX (2017)
Que eu sou total a favor de aumentar a diversidade apresentada tanto diante quanto por trás das câmeras, vocês que sempre vêm aqui já devem ter sacado. O que faz de XX tão sensacional é que se trata de uma antologia de terror 100% feminina (feminina cis, mas eu sei que nada é perfeito, então vou me limitar a dizer que sim, eu notei isso e ainda há muito pela frente), com 4 curtas dirigidos por mulheres.
Os frames, inclusive, são um show a parte, também dirigido por uma mulher (Sofia Carrillo) - e contam a história de uma casinha de bonecas antropomorfizada que anda pra lá e pra cá com motivações... Obscuras. É praticamente todo em stop motion, eu fiquei de boca aberta porque amo todos os tipos de animação e ver stop motion ali, entre um bom curta e outro, era mara.
É uma antologia mais curta, com menos segmentos, então cada segmento tem mais tempo para se desenvolver. Eu achei os curtas do meio um pouco menos empolgantes que o primeiro e o último, mas acho que faz sentido você abrir e fechar com chave de ouro.
O primeiro segmento, The Box, conta a história de uma mulher cuja vida familiar se complica quando seu filho, após olhar dentro de uma caixa trazida por um estranho no metrô, deixa de comer. Belas imagens de comida intocada, uma tensão crescente e um tipo de terror que reside naquilo que não sabemos, bem ao estilo A pata do macaco, por exemplo. Aquilo que torna a sua imaginação a parte mais assustadora da experiência.
O segundo, The Birthday Party (Annie Clark/ St. Vincent - sim, aquela St. Vincent, a que canta), segue uma mãe suburbana no dia da grande festa de aniversário de sua filha pequena... O problema é que seu marido não quer colaborar em absoluto. Sim, o pesadelo é real, coleguinhas!
O terceiro segmento, Don't Fall, mostra quatro amigos que estão fazendo hiking em uma região afastada, quando um deles começa a ter comportamentos estranhos.
E, por fim, o último e o meu favorito, é o Her only living son (Karyn Kusama), que é um what if baseado na boa e velha história da mulher que pari o Anti-Cristo. Em geral, essas histórias, que acharam sua síntese e pico com O bebê de Rosemary, acabam antes de vermos o que acontece depois, quando a criança crescer e o... O outro pai vier reclamá-la. Então temos Cora, uma mulher isolada e esquisita, que mora com seu filho de quase 18 anos, Andy. O desenrolar é muito bom e eu certamente veria mais desse curta.
A audiência teve uma reação ruim à antologia, mas considerando que a mesma foi anunciada na época da controvérsia do remake de Ghostbusters (que eu ainda não vi, mas já considero pakas) e que muitos fanboys e caras detonam filmes e conteúdo feito por mulheres simplesmente porque é feito por mulheres, eu não estou surpresa. Eu achei XX muito superior à Holidays, mesmo que Holidays seja considerado pelo público uma antologia de terror melhor - eu achei XX mais consistente num todo e mais bem trabalhado.
Mas, claro, eu não sou cega aos problemas da antologia: 3/4 dos segmentos são sobre mães e 100% do protagonismo é branco e cis. Há muito o que melhorar, claro, mas precisamos começar de algum lugar.
Eu gostei horrores de XX e recomendo muitíssimo!
1. The Invitation (Dir. Karyn Kusama)
Eu vi esse filme despretensiosamente e achei genial. Na verdade, como um bom suspense, sobram perguntas a serem respondidas, mas que só instigam o espectador a pensar mais sobre o filme. Eu penso muito sobre os possíveis desdobramentos da história.
Sim, é da mesma diretora do meu segmento favorito de XX, Karyn Kusama. Eu descobri primeiro The Invitation e depois fui atrás de outras coisas dela - na verdade, quando eu vi, não sabia nem quem dirigia nem nada. E eu acredito, sim, que ela ainda vai ser um nome de peso no terror e no suspense.
A história segue Will que, após um evento traumático, vai à sua antiga casa para uma reunião promovida por sua ex-mulher e seu novo marido. Todos os amigos comuns dos dois estão presentes, mas o clima faz com que Will não acredite nas boas intenções dos anfitriões, recém-chegados do retiro de um culto chamado The Invitation.
É um filme muito bem dirigido, que constrói o suspense magistralmente e que merecia virar uma série, porque tem material o bastante para sustentar uma temporada inteira com perguntas, tensão e respostas assustadoras.
Outra coisa: é um filme de suspense dirigido por uma mulher, a mesma que dirigiu Garota Infernal e Æon Flux - além de ter feito só o meu curta favorito de XX. E o filme até que tem representação bem diversa, dado que o elenco é bem reduzido.
Eu achei o filme muito inteligente e, claro, não vi uma vez só. E, sim, quero uma série, uma continuação, sei lá. E estou começando a gostar mesmo dos filmes da Karyn Kusama.
E essas foram as sugestões assombrosas do post de hoje! Agora é só pegar a pipoca e dar o play na Netflix!
Antes, porém, vale lembrar: quem não for no Hishoku antes vai ser amaldiçoado com uma semana de coceira na sola do pé! E tenho dito!
Se vocês também têm sugestões de filmes, séries, livros ou qualquer coisa pra esquentar (ainda mais, porque pqp que calor que tá fazendo!) o nosso mês, indiquem nos comentários!
Semana que vem tem mais terrores do meu, do seu, do nosso Bruxas!
Spooky kisoos


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