Sejam bem viades!

O Kakumei é meu porto seguro no meio do mar revolto da internet desde 2006. Como toda navegante, eu sempre volto pro Kakumei e pro mar de nadas da internet. Seja bem-vinde ♥


Link me



Tenie


Mestra Tenie dos Horrores. Touro, INFJ, 4w5. Nerd e CDF.
Graduada em MKT e mestre em EC, tech em IT. Gosto de gatos e livros (e HQs), de sorvete e milkshake, coisas fofas e coisas assustadoras, playlists estilo Alpha FM. Sempre amei blogar pelo prazer de fazer um post, escolher os gifs, comentar nos bloguinhos amigos, e ficar de boas nesse semi-anonimato.


Blogroll
x x x x

x x x

Arquivo

Créditos
Arte: Enakei
GIMP e VSCode: Edição
Imgur: Hospedagem

The world is a big, scary place
written by Tenie at quinta-feira, 12 de junho de 2025

What do you do with a BA in English? - Avenue Q

Ultimamente, eu ando na necessidade de postar coisas. Nada importante, só coisas.
Hoje eu perdi minha gatinha de quase 20 anos, Mimie. Ela foi embora quentinha no sono, que é o melhor cenário possível - especialmente depois que nossa outra gatinha, Lilica, também na faixa dos 17 anos, sofreu bastante. Parece que eu senti menos, que eu fiquei menos triste, mas acho que a gente meio que espera, sabe?
A gente tem a intuição.
E, bom, ela tinha quase 20 anos já. Se eu não fosse me preparar psicologicamente agora, eu não ia me preparar nunca.
Como usual, estou tão encucada com o futuro que não estou aproveitando o presente, então hoje eu tirei um momento pra comer um muffin de mirtilo e ficar contente com isso.
Eu sempre me pego pensando que meu caminho tinha que ser outro. Se eu fosse mais esperta, mais proativa, mais interessante, mais engajada, se eu me encaixasse melhor... Se se se se se se!
Até dei um clique errado aqui.
Eu sempre fico me cobrando de coisas que não vão mais acontecer, que não vão acontecer diferente. E eu permito que o fantasma de gente do meu passado arruíne as coisas que eu amo, meus momentos de paz, as conquistas que eu tenho.

É foda viver num multiverso de E ses o tempo todo.
Ultimamente, acho que isso tem me custado demais.
Continuo lendo como um monstro e devorando livros que eu queria ler há muito tempo. Até aqui, a maioria me decepcionou, mas acho que é porque estou lendo coisas que eram da vontade da Steph de 16 anos ou de 20 anos ou de 25. E a Steph de 31 não está mais tão na vibe.
Mas alguns são só leituras ruins mesmo. Pior leitura até aqui foi o mangá Happiness (Oshimi, Shuzo. NewPOP), que até tá alinhado comigo, mas achei bem ruinzinho e perdi total vontade de ler o Flower of evil do cara.
Fora isso, o Kindle realmente tem muito mistério mequetrefe. Um que não vendeu o plot twist pra mim foi Meu assassinato (Katie Williams), mesmo eu tendo gostado bastante da narradora e achado os personagens bacanas menos a Fern, pro inferno com a Fern, chata pra um caralho. Okay, esse vai ganhar um passe de a história foi bastante boa.
Ultimamente eu acho que não acerto um layout também... Eu gostei mas não gostei. E pensar que eu reclamei do último layout, agora tô sentindo falta dele.
Talvez eu esteja achando o layout muito espalhafatoso? Confesso que também estou achando mal feito, mas estou sem coragem de caçar as referências pra refazer.
Uma coisa é certa - ou quase: continuarei escrevendo pra sobreviver.
Se cuide!


 

Marcadores: , , ,




I want the world to know, gotta let it show
written by Tenie at segunda-feira, 2 de junho de 2025

There's a new me coming out
And I just had to live
And I wanna give
I'm completely positive

I'm coming out - Diana Ross

Tá tarde e eu preciso trabalhar amanhã cedinho, mas queria fazer um layout novo, não sabia do quê.

Acho que nunca comemorei o Orgulho no blog e também fiz uma coisinha mais romântica na vibe Dia dos namorados de mentira que o pai do Dória inventou.
É um layout estranho porque fiz no GIMP num frenesi hahahaha Achei fofo mas estou pondo um monte de defeito... Mas tá fofo e vai ficar assim.
Esta que vos fala realmente gosta de meninos, meninas, menines, e de Legião Urbana também.
Tirando a tosse que não passa - ainda estou doente - eu me sinto mais positiva. Sujeita a raios e trovões.
Esqueci o quanto eu sou capaz de sentir indignação e raiva quando eu não estou deprimida. Estar estável é estranho, porque eu nunca estive tão ciente das minhas emoções.
Bom, sem muitas novidades, passei pra atualizar o layout.
Feliz Orgulho pra vocês ♥♥♥
Se cuidem!



Marcadores: ,




You got the skills of an idiot who got too much praise
written by Tenie at quinta-feira, 22 de maio de 2025

Average
Like I've never heard that one before
See, that one stupid word is why I don't act anymore
One bad review from someone you love
And suddenly it doesn't matter who thinks you're above average

God, it's so hard to be good for your age
When you know that your work's not good enough for the stage
You got the skills of an idiot who got too much praise
And your whole damn career just turns into a phase
And the fire in your heart is beginning to fade

Average - Sushi Soucy

 

Bom, eu estou doente e ficar doente geralmente me deixa triste porque me dá espaço pra pensar em coisas que eu evito pensar.
Tipo como a minha carreira recém-começada já parece uma rua sem saída. O que você vai levar disso aqui? Por que alguém vai te contratar a hora que inevitavelmente você for demitida? Tudo culminou em um grande 360º de volta para sua formação original? O que poderia fazer alguém querer te manter?
Eu constantemente penso que, se eu tivesse levado meu futuro mais a sério, talvez meu presente não fosse assim. Mas não consigo pensar uma época da minha vida em que meu futuro não me preocupou até comer os últimos bocados de juízo que eu tinha, não consigo lembrar de uma época em que eu não passei meu tempo pensando que se eu tivesse feito melhor antes, então agora seria diferente.
Eu me sinto frustrada e muito, muito cheia de ódio pelas coisas ao meu redor. Pela minha própria incompetência e por nunca ser uma versão melhor do que eu sou, sempre chegando em segundo em tudo, sempre medíocre e estúpida e complacente e sem reação.
Eu me sinto passada pra trás por minha própria culpa. Eu sou a principal culpada da minha estupidez.
Meus sentimentos de inadequação são sufocantes e me tornam ainda mais distante.
Eu tento continuar no jogo a cada dia e eu fico pensando o que vai acontecer quando a pessoa x se cansar, quando a pessoa y se cansar, quando as pessoas começarem a ir embora de novo?
Eu me sinto tão cansada. Tão impotente, tão detestável.
Eu não consigo culpar ninguém por ir embora, eu gostaria de ir embora também.
Eu estou falhando em todas as frentes: minha reeducação alimentar foi pro beleléu, eu não sinto que tenho algum futuro no meu estágio, eu fico esperando o dia que meu namorado vai terminar comigo por sei lá qual razão ou quando meus amigos vão simplesmente parar de ter paciência comigo porque a Stephanie nunca está bem, o momento em que eu não vou ter como pagar meus remédios e terapia... O sarrafo está tão baixo que eu penso o que vai acontecer se eu parar meu tratamento pra conseguir pagar minhas dívidas e comprar uma ou duas calças porque eu estou tão gorda que minhas roupas não me servem.
Teve um momento da minha vida que eu escrevia pra sobreviver. Bom, não vejo como esta entrada do blog não seja isso também...
Mas teve uma época que eu escrevia e eu tinha um entusiasmo, uma esperança, alguma coisa. Uma confiança que eu poderia fazer algo bom através disso.
Tem muito tempo que eu não penso nisso - em escrever como algo significativo - porque eu só consigo ver a deterioração do mercado, a quantidade de material ruim por todo lado, a quantidade de nada que eu tenho a contribuir porque eu definitivamente não sou melhor que alguém que já foi publicado.
E eu perdi o Nascentes com a única coisa boa que eu já escrevi. Não serviu nem pra menção honrosa, eu perdi pra uma porcaria de poema sobre chiclete e estupro, eu perdi pra alguém da casa porque eu certamente era uma estranha em terras estranhas que não sabe dizer pra um moleque de 20 anos que Tudo tranquilo no Front é muito mais batido e idiota que multiverso porque é só torture porn de garoto branco e todo ano eles têm um filminho de guerra favorito.
Meu deus, eu odeio o Nascentes tanto porque não me trouxe nada de bom concretamente, só reforçou minha sensação de fracasso, de estupidez.
Bom, o que eu esperava de uma premiação? É só um círculo masturbatório de gente dando prêmio pra pessoas que vão ser elas no futuro.
Então... Eu me sinto num beco sem saída. Entre a cruz e a espada. Presa esperando as coisas darem errado inevitavelmente.
Eu nunca soube ser a pessoa melhor que eu deveria ser. Começa a ficar cansativo em um dado momento.
Neste momento, é insuportavelmente cansativo.
Eu posso ter um mestrado e ter um estágio e ter um namorado e uma reeducação alimentar rolando, nada disso é suficiente, eu me sinto uma grande perdedora. Meu mestrado não serve nem pra tacar fogo e aquecer, o estágio nunca teve futuro, eu fico esperando quando meu namorado vai se cansar e ir embora porque eu sou assim e não de outro jeito, e de que me adianta reeducação alimentar quando eu só quero ser magra o suficiente pra não me sentir horrorosa a cada segundo da minha existência?
Eu estou tão cansada disso tudo.

Marcadores: ,




Hoje já é Quinta-feira e há pouco eu tinha quase vinte
written by Tenie at quinta-feira, 8 de maio de 2025

Tenho sonhos adolescentes
Mas as costas doem
Sou jovem pra ser velha
E velha pra ser jovem

Aquela dos 30 - Sandy

Tenho um blog de adolescente, mas meu corpo inteiro dói. Haha Não teve graça.
Okay, já é meu segundo ano na casa dos trinta (fiz 31), mas ainda parece que foi ontem que eu tinha 20 e alguns e tinha pressa. Agora eu tenho trinta e um.
Eu ainda tenho pressa. Talvez mais pressa ainda.
Mas, meu deus, como eu estou cansada.
Na primeira semana de trabalho, eu tomei um tombo que meu joelho direito está estourado ATÉ AGORA. Ao mesmo tempo, eu sou estagiária. Meus colegas são mais novos que a minha irmã mais nova, pessoas acima de mim têm quase a minha idade ou menos.
Abril passou voando... Eu mal tive tempo de pensar o que faria pro meu aniversário e ele já estava aí. E eu mal vi ele passar.
Eu não estou deprimida, mas estou sobrecarregada e desanimada. Eu sinto que podia fazer mais, que tenho mais potencial que só isso, mas também sinto que não consigo mais do que isso.
Bom, o aniversário.
Eu até fiz mais coisas do que geralmente faço: juntei amigos, fui comer hambúrguer num dia, ramen no outro... Foi bacana.
Meu namorado me deu dois jogos de tabuleiro (Kokeshi e Boop) e o House of Leaves (Mark Z. Danielewski, 2000) em inglês. Minhas amigas me deram uma versão capa dura linda de O Circo da Noite (Erin Morgenstern, 2012), que eu estou morrrrta pra ler já tem tanto tempo, desde que eu era bixete na faculdade haha (Eu desejo livros de quando eu era adolescente, mas minha vista está fraca).

Ainda não comecei meus livros novos, mas o Boop eu já joguei e é bem bacana, bem bonitinho. Pra quem quer um jogo um contra um, ele é bem legal.

Eu estou com uma sinusite horrorosa e sem conseguir pensar direito... 🤒 Então vou ficando por aqui.
Na esperança de novos posts menos caídos.
Se cuidem.
Kisus 😘


Marcadores: , ,




I used to think that life was just a jawbreaker
written by Tenie at terça-feira, 8 de abril de 2025

 So you suck some more

I used to think that life
Was just a heartbreaker
That just breaks, and it breaks
And it breaks
And it breaks 'til you can't break no more

'Til you can't take no more

Sugar cloud - Lillian Castillo (Ride the Cyclone)

 

Eu não tenho um tópico em mente.

Gosto dessa música porque me lembra eu mesma.... There's nothing wrong with being the nicest girl in town.
Não estou tão certa se sou tão legal assim, mas enfim. Eu tento.
Espero que não precise de uma grande tragédia pra eu entender que tantas coisas legais aconteceram e tudo bem que algumas deram errados. E tudo bem que algumas vão dar errado tenta me dizer isso quando a coisa der errado
Estou aprendendo banco de dados e sigo não gostando nadinha, mas acho que o problema é que eu não consigo meter 4 capítulos novos em duas semanas. Eu posso entender, mas precisa ser no meu tempo.
Infelizmente, tempo anda escasso e minha energia anda muito baixa. Eu me sinto um celular perpetuamente nos 5% de bateria... A telinha já deu aquela apagada, mas a gente persiste.
Eu ando tendo sonhos intensos e interessantes. Queria escrever histórias sobre eles, mas elas meus sonhos se limitam ao que eu consigo sonhar, não consigo encaixar um plot, uma história na história... Eu tenho a vontade incontrolável de escrever.
Esperando o dia que a faculdade vai vagar o espaço pra eu poder ler e escrever em paz... Se bem que, pra alguém com tempo tão escasso, eu tenho lido bastante e escrito mais do que nos últimos anos.
Estava querendo fazer um lay novo, vide que faço 31 este ano e eu queria algo especial. E até hoje não sei se gostei do layout atual ou não... Eu gosto mas não gosto, quero mas não quero haha
Mais 3 anos e eu vou ser Bi-Dancing Queen, gente, tô animada.
Apesar de eu sentir que cada tombo que eu tomo dói mais e faz mais estrago do que até os 29, apesar de eu ter tido uma intoxicação alimentar pela primeira vez na vida, apesar de eu finalmente ter tido o burnout, apesar de o meu corpo parecer que tá me tirando, eu estou animada pela minha fase 3.0, acho que vai ser boa.
Quero fazer algo legal no meu aniversário.... Preciso marcar com os amigos.
É estranho porque pela primeira vez eu tenho a sensação de que eu cresci e eu sou uma adulta, mesmo que muitas coisas não tenham mudado. Acho que, eventualmente, muitas delas vão mudar também.
Bom, hoje é um post sobre nada.🙃
Até a próxima, se cuide❤️
PERA! PARA, PARA, PARA TUDO!
Agora que eu pus o emoji: minha mãe viu aquela minissérie, Adolescência, da Netflix, e agora ela tá "MEU DEUS, NÃO POSSO MANDAR QUALQUER CORAÇÃO PRAS PESSOAS, ELAS VÃO PENSAR QUE EU QUERO FAZER ATOS LIBIDINOSOS COM ELAS!" e eu achei engraçado ter que explicar que tudo bem ela mandar um❤️pra minha tia de 90 anos porque pras duas é só um coraçãozinho. Pra mim também é, eu já estou velha, não entendo as combinações de emojis do xofein.


 Veremos se sai um layout até o próximo post.

 


Marcadores: , , , , ,




Nothing you can take from me was ever worth keeping
written by Tenie at quinta-feira, 13 de março de 2025

Can't take my charm
Can't take my humor
Can't take my wealth
'Cause it's just a rumor
Nothing you can take was ever worth keeping
No, nothing you can take was ever worth keeping

Nothing You Can Take From Me (Boot-Stompin' Version) (Rachel Zegler em A cantiga dos pássaros e das serpentes)

Eu estou tentando aprender Java e não estou nada feliz.
É a eterna insatisfação da Tenie: eu até sei essa coisa, mas eu me odeio por não saber melhor ou mais cedo ou mais rápido que X pessoa/outras pessoas.
Essa palhaçadinha não vai acabar nunca e é frustrante em tantos níveis.
Em outras novidades: arrumei um estágio.😃

Foi muito repentino, pra mim, e foi o que eu menos esperava que desse bom. Eu estava esperando dar tudo certo antes de contar, eu começo na segunda agora. 😃
Sim, estou animada. Sim, estou grata. Não, eu ainda não acredito.... E sim, eu adoraria que minha família parasse de me dizer que segunda eu preciso ir trabalhar feliz e com gratidão.............. 🫠
Me faz me sentir como se as pessoas que já me chutaram porque "você nunca está feliz/você só chora" estivessem certas.
Acho que elas estão certas. E erradas.
Eu acho que eu realmente não foco na parte positiva das coisas, porque eu aprendi um tipo bastante tóxico e punitivo de positividade na minha vida e rejeitar a positividade é um jeito de rejeitar o ambiente onde eu cresci, especialmente rejeitar a minha mãe, eu acho. Então eu prefiro estar preparada pro pior, mesmo que seja irrealista e totalmente improvável - até impossível. Claro que eu levei isso longe demais, agora eu preciso recalibrar meus níveis de pessimismo porque eu estou muito longe de ser realista.
Também não quero pensar nas pessoas que disseram essas coisas ou nas coisas que podem dar errado no trabalho novo ou no Java que eu não sei tão bem quanto a Hermione Granger da turma de programação.
Estou levemente amarga, desculpa.😒
Esses dias eu li o incrível This is where we talk things out (MARCEAU, Caitlin. 2022), que é uma novela de horror e suspense sobre a relação conturbada de uma mãe abusiva e a filha de quem ela quer se reaproximar. EU NÃO SOU SENSÍVEL A ESSE TÓPICO, OKAY??????????


A história é sobre Marley, que vai se casar com Florence e que acabou de perder o pai para algum tipo avançado de demência. Marley cortou Sylvie, sua mãe, há muito tempo, tendo até excluído redes sociais e apagado outros traços digitais de si mesma para não ter contato. Mas Sylvie a reencontra e a cerca até que ela concorda em tentar uma vez mais, em um final de semana só para as duas... NA PUTA QUE O PARIU, NUM LUGAR QUE NINGUÉM SABE ONDE É! E ela vai.
Nada suspeito por aqui. Tudo certinho.🙄🙄🙄
São em torno de 100 páginas que eu comi com farofa em 2 horas igual uma louca. É uma novela incrível de terror psicológico, é um Misery encontra Fuja! (o filme da Netflix que eu achei mediano pra ruim).
Ia brincar que era Misery encontra Minha mãe é uma peça, mas essa novela me deixou bastante frustrada (não por falta de qualidade, mas porque eu queria um final diferente) e eu acho que Fuja! ajuda a dar o tom da minha frustração. E eu já brinquei essa semana que eu era o Paulo Gustavo brasileiro pra minha mãe.
Inclusive acho que se essa novela e Fuja! trocassem de final, eu teria ficado.... Não, aí eu ia achar Fuja! merecidamente ruim ao invés de mediano.

Sylvie faz Annie Wilkes parecer brincadeira de criança, mano... Ela me assusta em todos os níveis possíveis, ela me mortifica... Mano, a Sylvie é a vilã que eu nunca queria ter que enfrentar.
Eu peguei a recomendação do vídeo abaixo, sobre livros que você deve ler se gostou de certo filme (no caso, se você gostou do filme Misery, que eu amo, você vai gostar desse livro. Posso confirmar!).
Então definitivamente não é coincidência o paralelo com Misery. Peguei outras sugestões do vídeo também, mas não lembro de cabeça.

A novela é disponível pra quem tem Kindle Unlimited (não tenho certeza se também é disponível pra quem tem o Kindle pelo Amazon Prime, mas vale olhar. Segue o link!
Eu li muito nas últimas semanas: Comecei e terminei O conto da Aia (ATWOOD, Margaret) e O diabo apaixonado (CAZOTTE, Jacques). Estou na minha releitura lenta de A ilha do Dr. Moreau (WELLS, H.G.), e na metade de A cantiga de pássaros e serpentes (COLLINS, Suzanne), bem em tempo pra pegar o livro de Jogos vorazes sobre o Haymitch (chama Amanhecer na colheita, eu acho. Tá em pré-venda agora, mas eu tô sem dindim). Talvez eu releia todos os livros depois desse.


Esqueci como Jogos Vorazes era bom. Eu odiei o final da saga, então fiquei de mal da história por bastante tempo. Ainda acho algumas coisas do final conversa pra boi dormir e ainda tem dias que eu preferia que o livro fosse só o primeiro e ponto, mas a Suzanne Collins é uma escritora muito boa e sabe como tecer uma história sobre um protagonista complexo.
Snow foi um antagonista de milhões, do tipo que é difícil encontrar até na literatura "adulta". Muito YA dava na cara de livro "pra gente grande", acho que Jogos vorazes até mais que os outros. E o jovem Snow é um personagem mesquinho, porém tão, mas tão fascinante. Ele é como os ogros e as cebolas: ele tem camadas - e uma delas é: ele é baixo. Ele vai, aos poucos, tendo cada vez menos pudor em ser baixo.
E ainda que a história te explique os motivos, ela faz questão de também dizer: mas eu não justifico as ações dele. E isso é que é história, mano.


O Conto da Aia eu achei um desbunde, porém, absolutamente diferente das minhas expectativas. Eu esperava uma narrativa que explorasse (pejorativamente) a dor feminina, como a série, e eu encontrei uma reflexão sobre a dor feminina em meio a um mundo sem ordem, sem consolo. Achei incrível mas não é um livro sobre o qual eu queira falar porque ele é bastante difícil de engolir, bastante doloroso, ainda que não faça do sofrimento um espetáculo - e com muito mérito pra Margaret Atwood!
Sobre O diabo apaixonado, parafraseando o livro: Ai, meu Belzebu, meu querido, eu te adoro... HAHAHAHAHAHAHA
Pior que eu fiquei meio cabreira do Belzebu aparecer na minha cama HAHAHAHA Eu nem acredito nessas coisas, mas enfim, cada coisa que bota medo na gente, né?
Falar em medo, eu li Pedacinhos (KAGO, Shintaro. Ed. Darkside) e achei péssimo, eu queria fazer o livro em pedacinhos. Esperava um Junji Ito e ganhei um... sei lá o quê. Vou passar longe desse cara porque definitivamente não é pra mim.

Eu tive semanas corridas porém muito boas, o que me deixa em dúvida sobre o que mais falar.
Não estou acostumada a falar de quando as coisas estão bem, porque não me sinto merecedora de tudo estar bem, eu acho. E ao mesmo tempo, eu não gosto quando falo das coisas ruins, porque eu ficou tomada pelos sentimentos e pela situação e, bom, e aí eu ouço que eu só choro, que eu só penso no pior, que eu só reclamo, que eu sou só a vítima.... Viu? Eu não tive nem o que dizer sobre as coisas boas.
Eu queria não me ressentir de coisas que gente irrelevante me disse há 6 meses ou há 1 ano ou há 15 anos... Eu queria realmente ter um nível de autoconfiança em que eu assumisse que eu que tô certa e é isso aí.
Não é a pessoa que eu queria ser, porque eu quero ser justa e aberta. E não é justo não ouvir o que os outros dizem, mas ao mesmo tempo eu me pergunto se vale a pena ouvir e dar replay no que os outros disseram quando isso nunca me trouxe nada de bom... Não é a pessoa que eu queria ser, mas acho que é a pessoa que me faria sofrer menos.
Eu divago.
Vejamos o que nos aguarda agora, eu estou pronta pro futuro.

Se cuide até lá. 



Marcadores: , , , ,




I can't live forever with my head and my heart in the clouds
written by Tenie at domingo, 2 de fevereiro de 2025

I am talking in my sleep
Hiding inside my dreams
Fighting inside my head
Scaring myself to death
We live in a wonderland
Like blood isn't on our hands
When will it be enough?
When will I say I knew we had to get away?
Knew we had to get away
Knew we had to get away
From the storm

Wonderland - CHVRCHES


Essa música me deu ideia pro layout atual. Bom, a música me deu ideia pra um layout, mas eu não sabia bem como 😅 Foi outro parto chegar neste layout.
Obviamente eu me identifico com várias músicas do CHVRCHES, especialmente as de Screen Violence, mas pra variar foi Love is Dead que me deu alguma coisa. Poderia usar vários quotes dessa música pra várias coisas. Qualquer dia, preciso postar sobre o CHVRCHES, eu me apaixonei pela banda na pandemia e até fui vê-los abrir pro Coldplay em 2022 (ou foi 2023?).
Eu sempre fui acusada de estar no mundo da lua, desde pequenininha. Até me colocaram pra dançar a música que falava eu vivo sempre no mundo da lua, lá na pré-escola, mais de 20 anos atrás. 😒
Então acho que deve ser verdade.
Minha cabeça sempre foi um lugar horrível mas mais agradável que fora dela, com meus personagens e minhas histórias, música e aventura... Como eu não iria querer?
Mas, ao mesmo tempo, minha cabeça é como uma casa assombrada: ela é feita de passado. Passado não é algo que eu encaixoto e guardo; é o lugar onde eu vivo. É cada parede, tijolo, taco e viga de quem eu sou, no pior sentido possível.
Agora estou aqui usando o blog para não fritar em cima de uma dinâmica que vou ter, dos exames que vou fazer, da faculdade que vai voltar. Outro problema: quando não estou cercada dos meus fantasmas, estou fritando com possibilidades impossivelmente fatalistas de futuro.
Nunca aqui, sempre pra trás ou pra frente, nunca aqui.
Me pergunto onde foram os personagens que me consolavam, a imaginação que me fortalecia... Eu não sei. É como se essa parte tão legal da minha cabeça ter sido comida por cupins futurísticos e passado mofado. e depressão e convivência estendida com pessoas tóxicas e coisas assim
Estar no blog, pensar em coisinhas pra ele, pensar sempre que estou fazendo isso pela mesma vontade de ter um cantinho fofo pra mim, isso me ocupa bastante e é bom.
Este post não é pra ser pra baixo. Tenho voltado a escrever e isso tem me feito bem. Tenho lido e isso tem me feito bem. Tenho me aberto pras pessoas que eu amo e me permitido me sentir amada de volta ao invés de me sentir um fardo e isso tem me feito bem - apesar dessa parte ser a mais difícil pra mim.
Preciso descobrir um jeito de manter isso sem me crucificar quando outras coisas acontecerem. Preciso descobrir como isso vai me salvar das tempestades quando eu tomar mais um não na entrevista, quando pessoas forem egoístas ou cruéis, quando a sensação de que tudo vai dar errado vier.
Talvez eu deva escrever mais. Muito mais.

Talvez isso me traga de volta ao mundo dos vivos. Veremos.

Se cuide, ok?

Kisus 😘



Marcadores: , , ,




passado Home presente