O Kakumei é meu porto seguro no meio do mar revolto da internet desde 2006. Como toda navegante, eu sempre volto pro Kakumei e pro mar de nadas da internet. Seja bem-vinde ♥
Ultimamente, eu ando na necessidade de postar coisas. Nada importante, só coisas.What do you do with a BA in English? - Avenue Q
É foda viver num multiverso de E ses o tempo todo.
Ultimamente, acho que isso tem me custado demais.
Continuo lendo como um monstro e devorando livros que eu queria ler há muito tempo. Até aqui, a maioria me decepcionou, mas acho que é porque estou lendo coisas que eram da vontade da Steph de 16 anos ou de 20 anos ou de 25. E a Steph de 31 não está mais tão na vibe.
Mas alguns são só leituras ruins mesmo. Pior leitura até aqui foi o mangá Happiness (Oshimi, Shuzo. NewPOP), que até tá alinhado comigo, mas achei bem ruinzinho e perdi total vontade de ler o Flower of evil do cara.
Fora isso, o Kindle realmente tem muito mistério mequetrefe. Um que não vendeu o plot twist pra mim foi Meu assassinato (Katie Williams), mesmo eu tendo gostado bastante da narradora e achado os personagens bacanas menos a Fern, pro inferno com a Fern, chata pra um caralho. Okay, esse vai ganhar um passe de a história foi bastante boa.
Ultimamente eu acho que não acerto um layout também... Eu gostei mas não gostei. E pensar que eu reclamei do último layout, agora tô sentindo falta dele.
Talvez eu esteja achando o layout muito espalhafatoso? Confesso que também estou achando mal feito, mas estou sem coragem de caçar as referências pra refazer.
Uma coisa é certa - ou quase: continuarei escrevendo pra sobreviver.
Se cuide!
Marcadores: gatos, livros, mangas, Uma garota revolucionária
There's a new me coming out
And I just had to live
And I wanna give
I'm completely positive
I'm coming out - Diana Ross
Tá tarde e eu preciso trabalhar amanhã cedinho, mas queria fazer um layout novo, não sabia do quê.
Marcadores: Pride, Tenie trabalhadora
Average
Like I've never heard that one before
See, that one stupid word is why I don't act anymore
One bad review from someone you love
And suddenly it doesn't matter who thinks you're above averageGod, it's so hard to be good for your age
When you know that your work's not good enough for the stage
You got the skills of an idiot who got too much praise
And your whole damn career just turns into a phase
And the fire in your heart is beginning to fade
Average - Sushi Soucy
Bom, eu estou doente e ficar doente geralmente me deixa triste porque me dá espaço pra pensar em coisas que eu evito pensar.
Tipo como a minha carreira recém-começada já parece uma rua sem saída. O que você vai levar disso aqui? Por que alguém vai te contratar a hora que inevitavelmente você for demitida? Tudo culminou em um grande 360º de volta para sua formação original? O que poderia fazer alguém querer te manter?
Eu constantemente penso que, se eu tivesse levado meu futuro mais a sério, talvez meu presente não fosse assim. Mas não consigo pensar uma época da minha vida em que meu futuro não me preocupou até comer os últimos bocados de juízo que eu tinha, não consigo lembrar de uma época em que eu não passei meu tempo pensando que se eu tivesse feito melhor antes, então agora seria diferente.
Eu me sinto frustrada e muito, muito cheia de ódio pelas coisas ao meu redor. Pela minha própria incompetência e por nunca ser uma versão melhor do que eu sou, sempre chegando em segundo em tudo, sempre medíocre e estúpida e complacente e sem reação.
Eu me sinto passada pra trás por minha própria culpa. Eu sou a principal culpada da minha estupidez.
Meus sentimentos de inadequação são sufocantes e me tornam ainda mais distante.
Eu tento continuar no jogo a cada dia e eu fico pensando o que vai acontecer quando a pessoa x se cansar, quando a pessoa y se cansar, quando as pessoas começarem a ir embora de novo?
Eu me sinto tão cansada. Tão impotente, tão detestável.
Eu não consigo culpar ninguém por ir embora, eu gostaria de ir embora também.
Eu estou falhando em todas as frentes: minha reeducação alimentar foi pro beleléu, eu não sinto que tenho algum futuro no meu estágio, eu fico esperando o dia que meu namorado vai terminar comigo por sei lá qual razão ou quando meus amigos vão simplesmente parar de ter paciência comigo porque a Stephanie nunca está bem, o momento em que eu não vou ter como pagar meus remédios e terapia... O sarrafo está tão baixo que eu penso o que vai acontecer se eu parar meu tratamento pra conseguir pagar minhas dívidas e comprar uma ou duas calças porque eu estou tão gorda que minhas roupas não me servem.
Teve um momento da minha vida que eu escrevia pra sobreviver. Bom, não vejo como esta entrada do blog não seja isso também...
Mas teve uma época que eu escrevia e eu tinha um entusiasmo, uma esperança, alguma coisa. Uma confiança que eu poderia fazer algo bom através disso.
Tem muito tempo que eu não penso nisso - em escrever como algo significativo - porque eu só consigo ver a deterioração do mercado, a quantidade de material ruim por todo lado, a quantidade de nada que eu tenho a contribuir porque eu definitivamente não sou melhor que alguém que já foi publicado.
E eu perdi o Nascentes com a única coisa boa que eu já escrevi. Não serviu nem pra menção honrosa, eu perdi pra uma porcaria de poema sobre chiclete e estupro, eu perdi pra alguém da casa porque eu certamente era uma estranha em terras estranhas que não sabe dizer pra um moleque de 20 anos que Tudo tranquilo no Front é muito mais batido e idiota que multiverso porque é só torture porn de garoto branco e todo ano eles têm um filminho de guerra favorito.
Meu deus, eu odeio o Nascentes tanto porque não me trouxe nada de bom concretamente, só reforçou minha sensação de fracasso, de estupidez.
Bom, o que eu esperava de uma premiação? É só um círculo masturbatório de gente dando prêmio pra pessoas que vão ser elas no futuro.
Então... Eu me sinto num beco sem saída. Entre a cruz e a espada. Presa esperando as coisas darem errado inevitavelmente.
Eu nunca soube ser a pessoa melhor que eu deveria ser. Começa a ficar cansativo em um dado momento.
Neste momento, é insuportavelmente cansativo.
Eu posso ter um mestrado e ter um estágio e ter um namorado e uma reeducação alimentar rolando, nada disso é suficiente, eu me sinto uma grande perdedora. Meu mestrado não serve nem pra tacar fogo e aquecer, o estágio nunca teve futuro, eu fico esperando quando meu namorado vai se cansar e ir embora porque eu sou assim e não de outro jeito, e de que me adianta reeducação alimentar quando eu só quero ser magra o suficiente pra não me sentir horrorosa a cada segundo da minha existência?
Eu estou tão cansada disso tudo.
Marcadores: mimimi, Uma garota revolucionária
Tenho sonhos adolescentes
Mas as costas doem
Sou jovem pra ser velha
E velha pra ser jovem
Aquela dos 30 - Sandy
Tenho um blog de adolescente, mas meu corpo inteiro dói. Haha Não teve graça.
Okay, já é meu segundo ano na casa dos trinta (fiz 31), mas ainda parece que foi ontem que eu tinha 20 e alguns e tinha pressa. Agora eu tenho trinta e um.
Eu ainda tenho pressa. Talvez mais pressa ainda.
Mas, meu deus, como eu estou cansada.
Na primeira semana de trabalho, eu tomei um tombo que meu joelho direito está estourado ATÉ AGORA. Ao mesmo tempo, eu sou estagiária. Meus colegas são mais novos que a minha irmã mais nova, pessoas acima de mim têm quase a minha idade ou menos.
Abril passou voando... Eu mal tive tempo de pensar o que faria pro meu aniversário e ele já estava aí. E eu mal vi ele passar.
Eu não estou deprimida, mas estou sobrecarregada e desanimada. Eu sinto que podia fazer mais, que tenho mais potencial que só isso, mas também sinto que não consigo mais do que isso.
Bom, o aniversário.
Eu até fiz mais coisas do que geralmente faço: juntei amigos, fui comer hambúrguer num dia, ramen no outro... Foi bacana.
Meu namorado me deu dois jogos de tabuleiro (Kokeshi e Boop) e o House of Leaves (Mark Z. Danielewski, 2000) em inglês. Minhas amigas me deram uma versão capa dura linda de O Circo da Noite (Erin Morgenstern, 2012), que eu estou morrrrta pra ler já tem tanto tempo, desde que eu era bixete na faculdade haha (Eu desejo livros de quando eu era adolescente, mas minha vista está fraca).
Marcadores: a era dos trinta, bits and bites, Uma garota revolucionária
So you suck some more
I used to think that life
Was just a heartbreaker
That just breaks, and it breaks
And it breaks
And it breaks 'til you can't break no more
'Til you can't take no more
Sugar cloud - Lillian Castillo (Ride the Cyclone)
Eu não tenho um tópico em mente.
Marcadores: a dificuldade de conciliar o blog e a vida, desventuras revolucionárias, estagio, faculdade, musicais, Uma garota revolucionária
Eu estou tentando aprender Java e não estou nada feliz.Can't take my charm
Can't take my humor
Can't take my wealth
'Cause it's just a rumor
Nothing you can take was ever worth keeping
No, nothing you can take was ever worth keeping
Nothing You Can Take From Me (Boot-Stompin' Version) (Rachel Zegler em A cantiga dos pássaros e das serpentes)
A história é sobre Marley, que vai se casar com Florence e que acabou de perder o pai para algum tipo avançado de demência. Marley cortou Sylvie, sua mãe, há muito tempo, tendo até excluído redes sociais e apagado outros traços digitais de si mesma para não ter contato. Mas Sylvie a reencontra e a cerca até que ela concorda em tentar uma vez mais, em um final de semana só para as duas... NA PUTA QUE O PARIU, NUM LUGAR QUE NINGUÉM SABE ONDE É! E ela vai.
Nada suspeito por aqui. Tudo certinho.🙄🙄🙄
São em torno de 100 páginas que eu comi com farofa em 2 horas igual uma louca. É uma novela incrível de terror psicológico, é um Misery encontra Fuja! (o filme da Netflix que eu achei mediano pra ruim).
Ia brincar que era Misery encontra Minha mãe é uma peça, mas essa novela me deixou bastante frustrada (não por falta de qualidade, mas porque eu queria um final diferente) e eu acho que Fuja! ajuda a dar o tom da minha frustração. E eu já brinquei essa semana que eu era o Paulo Gustavo brasileiro pra minha mãe.
Inclusive acho que se essa novela e Fuja! trocassem de final, eu teria ficado.... Não, aí eu ia achar Fuja! merecidamente ruim ao invés de mediano.
A novela é disponível pra quem tem Kindle Unlimited (não tenho certeza se também é disponível pra quem tem o Kindle pelo Amazon Prime, mas vale olhar. Segue o link!
Eu li muito nas últimas semanas: Comecei e terminei O conto da Aia (ATWOOD, Margaret) e O diabo apaixonado (CAZOTTE, Jacques). Estou na minha releitura lenta de A ilha do Dr. Moreau (WELLS, H.G.), e na metade de A cantiga de pássaros e serpentes (COLLINS, Suzanne), bem em tempo pra pegar o livro de Jogos vorazes sobre o Haymitch (chama Amanhecer na colheita, eu acho. Tá em pré-venda agora, mas eu tô sem dindim). Talvez eu releia todos os livros depois desse.
Esqueci como Jogos Vorazes era bom. Eu odiei o final da saga, então fiquei de mal da história por bastante tempo. Ainda acho algumas coisas do final conversa pra boi dormir e ainda tem dias que eu preferia que o livro fosse só o primeiro e ponto, mas a Suzanne Collins é uma escritora muito boa e sabe como tecer uma história sobre um protagonista complexo.
Snow foi um antagonista de milhões, do tipo que é difícil encontrar até na literatura "adulta". Muito YA dava na cara de livro "pra gente grande", acho que Jogos vorazes até mais que os outros. E o jovem Snow é um personagem mesquinho, porém tão, mas tão fascinante. Ele é como os ogros e as cebolas: ele tem camadas - e uma delas é: ele é baixo. Ele vai, aos poucos, tendo cada vez menos pudor em ser baixo.
E ainda que a história te explique os motivos, ela faz questão de também dizer: mas eu não justifico as ações dele. E isso é que é história, mano.
O Conto da Aia eu achei um desbunde, porém, absolutamente diferente das minhas expectativas. Eu esperava uma narrativa que explorasse (pejorativamente) a dor feminina, como a série, e eu encontrei uma reflexão sobre a dor feminina em meio a um mundo sem ordem, sem consolo. Achei incrível mas não é um livro sobre o qual eu queira falar porque ele é bastante difícil de engolir, bastante doloroso, ainda que não faça do sofrimento um espetáculo - e com muito mérito pra Margaret Atwood!
Sobre O diabo apaixonado, parafraseando o livro: Ai, meu Belzebu, meu querido, eu te adoro... HAHAHAHAHAHAHA
Pior que eu fiquei meio cabreira do Belzebu aparecer na minha cama HAHAHAHA Eu nem acredito nessas coisas, mas enfim, cada coisa que bota medo na gente, né?
Falar em medo, eu li Pedacinhos (KAGO, Shintaro. Ed. Darkside) e achei péssimo, eu queria fazer o livro em pedacinhos. Esperava um Junji Ito e ganhei um... sei lá o quê. Vou passar longe desse cara porque definitivamente não é pra mim.
Se cuide até lá.
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I am talking in my sleep
Hiding inside my dreams
Fighting inside my head
Scaring myself to death
We live in a wonderland
Like blood isn't on our hands
When will it be enough?
When will I say I knew we had to get away?
Knew we had to get away
Knew we had to get away
From the storm
Wonderland - CHVRCHES
Talvez isso me traga de volta ao mundo dos vivos. Veremos.
Se cuide, ok?
Kisus 😘
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