Excedi minha meta literária
written by Tenie at
sexta-feira, 25 de julho de 2025
Ainda estou com a música Grease na cabeça, não consegui pensar outra.
Enfim, de volta estou com novidades animadoras: bati minha meta de livros lidos em 2025.
A meta era
ler 25 livros (no Goodreads, no Skoob a meta tá sempre em ler todos os livros que eu tenho em casa), agora não lembro se era pelo ano ou porque achei o número razoável, e ontem eu já terminei meu vigésimo sexto livro.
Não estou contando quadrinhos. A esta altura do ano, final de Julho, eu terminei dois mangás (
Happiness do Oshimi Shuzo, e
The girl from the other side, do Nagabe) e ainda bem que eu só comprei o primeiro volume de ambos, porque eu não ia gostar muito. Também li o quadrinho
Beneath the trees, where nobody sees (Patrick Horvath) e achei muito divertido, mas não sei se vou ler o prequel.
A lista é uma mistura de físicos e e-books (eu consigo ler ebooks muito rápido, quando eu vejo já tô em 60%), mas li 5 dos livros da
minha lista de 15 livros físicos + 5 ebooks para este ano.
Eles foram:
- A cantiga dos pássaros e das serpentes (COLLINS, Suzanne. 2023)
- Carmilla (LE FANU, Sheridan. 2018)
- A ilha das sete luas (SEDGWICK, Marcus. 2015)
- Velhos demais para morrer (MARIANO, Vinícius Neves. 2021)
- Saboroso Cadáver (BAZTERRICA, Agustina. 2022)
A cantiga dos pássaros e das serpentes eu li rapidinho e fiquei muito engajada... Se não fosse a Agustina Bazterrica, ele ia levar o melhor leitura do ano facinho.
Não gosto da onda de prequels que anda tendo, porque a maioria das histórias é inferior às histórias originais e geralmente é um cashgrab descarado, assim sendo, eu me recusei a ler Cantiga quando saiu. Li porque soube que sairia um livro sobre o Haymitch, meu queridinho, e porque estava no Kindle Unlimited.
E, nossa, que livro incrível!
Mesmo que seja um cashgrab, é um dos melhores livros YA que eu já li ou vou ler. Eu estava brigada com a Suzanne Collins desde o final de A esperança, porque é meu livro desfavorito de Jogos Vorazes e toda a história do final da Katniss me deixou puta na época. Mas ela realmente sabe entregar uma história.
Também li
Amanhecer na Colheita, que lançaram este ano, e achei incrível, mas ainda não bateu Cantiga. Mas estão ali, pau a pau em qualidade.
Outra distopia que eu li no Kindle foi
O conto da Aia (ATWOOD, Margaret) e eu achei fascinante. Eu gostei muito e até peguei
Os testamentos para ler. Já tinha lido Atwood há uns anos, quando peguei Semente de bruxa na biblioteca. Não curti muito, mas me fez querer ler Shakespeare e ler os outros livros da série.
Os outros livros da lista foram físicos e, bom, eu gostei só de
Saboroso cadáver. Eu esperava aquele final, mas quando o final chegou, ele me surpreendeu e me abalou. É um livro pesado e poderoso que me deixou ansiosa por mais Bazterrica e mais autoras argentinas.
Achei
Carmilla clássico. Foi só isso que eu achei mesmo. Um dia vou reler, mas achei bem morno.
A ilha das sete luas é uma festa estranha com gente esquisita, com momentos interessantes e bem escritos, mas o conjunto é chato.
Velhos demais para morrer é... Enfim, só espero que o autor não tenha pago por uma revisão tão porca.
Estou tentando remover livros daqui de casa. Mas ainda estou lendo mais ebooks do que qualquer coisa... E esbarrando em muitas coisas que eu dou graças a deus que eu não comprei, porque odiei. Vários livros que eu quero desde 2000 e qualquer coisa estão no Unlimited e eu estou me irritando com cada descoberta que eu faço.
É um grande
ufa, ainda bem que não comprei atrás do outro.
E quando eu digo que não gosto, não é dar 3 estrelas, não! 3 estrelas pra mim é bom, 3 estrelas talvez eu releia um dia.
Eu dou logo 1 estrela, meia. Sou carrasca.
Esbarrei em tudo quanto é tipo de thriller e fantasia ruins: Não suportei ler
Fourth Wing até o final, achei o livro novo da Catriona Ward ruim de verdade, cheguei a mudar a nota de outro thriller de tão ruim que esse era (o premiado foi
Meu assassinato, de Katie Williams. 3 estrelas)... Mas também li muita coisa boa.
This is where we talk things out me assombra até hoje, descobri o David Sodergren para minhas leituras de horror bizarro, Paul Tremblay foi outro achado (depois do filme de Batem à porta, achei que nunca ia gostar de nada dele).
Estou fazendo outras descobertas: não gosto do estilo da V.E. Schwab, acho meio purple prose, mas não paro de gostar das ideias dela, e eu estou com
Addie LaRue e um outro livro dela aqui em casa pra ler, então veremos. Não sei se gosto dessa nova leva de Fantasia e não é pela putaria.
Um dia entro na história de uma trilogia de recontos eróticos de contos de fadas que era muito vendável nos dias áureos da Submarino que é pornô de fada e é isso, mano
(e na época eu não gostei muito! Já tinha críticas before it was cool, tá?)Sempre existiu, mas quando algo fica popular, invariavelmente o mercado se inunda de coisas meia-boca. É inevitável.
Mas estou relembrando o que é o prazer de ler e tem sido bem legal, eu senti falta disso.
E fica a promessa de um passeio pelo vale das memórias com o pornozão de contos de fadas (eu não me desfiz deles! Que eu me lembre, eu ainda tenho!) e mais ruminações sobre como anda o mercado e como o booktok promove um consumismo sem sentido de livros.
Até lá, se cuide!
Kisus 😘
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