And I, well I want what's best for me
written by Tenie at
quarta-feira, 1 de janeiro de 2025
Today I coo, today I caw
I have a pistol party and I kill them all
I think I might be scared
Of the man and the men with their hands inside
And the women, oh, the women all they do is cry
And I, I, well, I lose my mind
I lose my mind
I lose my mind
I lose my mind
Little pistol - Mother Mother
Feliz 2025, internet!
Espero que seja um ano menos estressante que 2024. Eu estou realmente esgotada a ponto de não ver motivos pra sobrevivência da Humanidade - e não de um jeito comicamente niilista.
Que porra que foi 2024?!
Eu nem sei dizer: deu tudo certo com a faculdade e a minha psico falou pra eu passar dezembro sem fazer nada de faculdade, trampo, etc. E assim eu fiz.
Vi três ou quatro temporadas de AHS (Roanoke foi muito, muito boa. Acho que gosto
mais até do que Asylum, mas é um páreo duro), li A queda da casa morta (KINGFISHER, T. Darkside Books) e Sociedade de Preservação dos Kaiju (SCALZI, J. Aleph), que tá disponível pra quem tem Kindle Unlimited, saí e joguei e tirei cochilos em horas esquisitas e brinquei com meus gatos e enfeitei a varanda pro Natal.
E foi bom.
Mas ainda não consigo não me sentir frustrada de olhar pra mim e não estar onde meus colegas estão, de não estar onde eu acho que uma pessoa da minha idade deveria estar, de não ser o bastante. A minha frustração ainda persiste, mas ela está sob controle, acho.
Não tenho resoluções para 2025.
Tenho frustrações para aceitar: meu corpo me provoca desprezo, eu fico pensando em todos os amigos que acharam inconveniente manter contato e me cortaram, eu preciso arrumar um estágio ou não vou conseguir fazer minha transição de carreira, eu queria ser outra pessoa mas infelizmente eu sou eu mesma.
It's still you.
Me pergunto o quão normal é se sentir fora de lugar no seu próprio corpo, o quanto isso é a depressão, o quanto não é. Eu me sinto bem incomodada e fora de lugar na maior parte do tempo, como se eu devesse ser outra pessoa, mas eu nunca consigo.
Nunca consigo ser como eu acho que uma mulher deveria. Na minha idade.
Merda, às vezes, parece que eu tenho 14 anos ainda e eu me sinto eternamente desengonçada, eternamente fora do peso, eternamente esquisita nas roupas erradas.
Hoje é um daqueles dias. Provavelmente eu vá ter outro desses dias o dia que o meu e-mail FutureMe chegar... Ele sempre me estraga por uma semana.
Enfim, aqui me perguntando se eu sou só horrível ou se eu só preciso crescer e aceitar que todas as pessoas vão embora. Eu sou egoísta? Talvez eu devesse ser, talvez a minha versão dos fatos devesse ser a versão absoluta - mas não parece algo muito bom, mas talvez eu devesse.
Vou ficando por aqui depois de um monte de divagações que não chegam a lugar nenhum.
Que 2025 seja gentil.
Marcadores: Ano novo, faculdade, férias