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O Kakumei é meu porto seguro no meio do mar revolto da internet desde 2006. Como toda navegante, eu sempre volto pro Kakumei e pro mar de nadas da internet. Bem-vinde ♥

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Tenie. CDF e nerd, muito cansada. Gosto de gatos e livros (e HQs), de sorvete e milkshake, coisas fofas e coisas assustadoras, playlists estilo Alpha FM. Sempre amei blogar pelo prazer de fazer um post, escolher os gifs, comentar nos bloguinhos amigos, e ficar de boas nesse semi-anonimato.

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Arte de Solanin (Asano Inio, 2005-06)
Photoshop: Edição
Imgur: Hospedagem
Agradecimentos para: Shana pela amizade e pelo atual bottom do site

Desabafo: Eu ainda queria ser famosa, mas não aqui
written by Tenie at sábado, 5 de setembro de 2015

Boa noite, pessoas! Tudo em cima?
Tudo certo por aqui. Continuo com essa gripe do cão, mas, como semana da pátria tá aí *dancinha*, eu vou ter um tempinho pra me recuperar *para dancinha, porque tá muito ruim pra fazer dancinha*
Esta semana, a madrinha deste blog, Shana, fez um incrível post sobre a nova blogosfera e a blogosfera que existia quando eu e ela começamos. Bom, eu o post me fez refletir sobre umas coisas sobre mim mesma e sobre este blog - e sobre o que eu e Kaku andamos fazendo nos últimos 8 anos. Ou seja, mais um post mega-pessoal e intransferível.
Quando eu fiz o Kaku, em 2006 ou 2007, eu queria que ele fosse muito bonito, fofo, com musiquinha calma e brilhinhos everywhere. Confesso, até hoje é só o que eu quero pro Kaku - simplicidade e fofura. E eu queria escrever e escrever sobre os animes e mangás que eu curtia e contar sobre como eu me sentia naquele espaço que era, a um só tempo, secreto e aberto. E, desde então, o Kaku foi o que é hoje: pessoal e intransferível.
Lá pelo final dos anos 2000, tínhamos uma abundância de Condomínios e esse tipo de blog semi-comunitário, e muitas opções de hospedagem de blogs (Blogger, UOL blog, Weblog (que era do Terra), um blogger que era do Globosites ou algo assim...) e sites (Geocities, tinha um que era do UOL também). Não lembro de ter XML, então tudo era feito em HTML quadradão. Tinha um montão de sites de fanfic e fanart que eram hospedados pelo Geocities e por sistemas semelhantes, que não tinham design refinado nem coisa nenhuma do gênero, mas que, se vocês me mostrassem agora, iam me deixar até emocionado. A estética da maioria deles era péssima, mas eu lembro de tudo ser muito bom, muito gostoso. Claro, a nossa cabeça faz as coisas antigas parecerem lindas e perfeitas.
Bom, eu fiz o Kakumei - que se chamava Tenie no Diary - e arrastei toda a minha turma de colégio pra blogosfera. Mas só eu tinha aquele comprometimento com o blog. Nunca perdi uma senha de blog e nunca fiz outro porque tinha esquecido do anterior. Eu me importei de aprender HTML, eu quis fazer meus próprios layouts, eu persegui o sonho do blog com brilhinhos e fofura. hahaha
Eu cheguei, nos tempos remotos da blogosfera, a ser colega da moça do HelloStar. Do tipo que ia uma no blog da outra e comentava e tal. Mas o HelloStar sempre teve uma pegada diferente da maioria dos blogs que eu conhecia e do meu próprio. Ele era mais profissional, por assim dizer. Mais geração atual de blogs - ou seja, ele era meio a frente de seu tempo, pelo menos, no meu círculo web-social.
O resto dos blogs regulares eram como o meu, bem pessoais. Confesso que, lá com meus 14 aninhos, eu me importava muito com quanto comentários eu recebia num post, quantos parceiros o Kakumei tinha... Eu era adolescente, era importante pra mim ser aceita em algum lugar - já que, na minha vida irl, eu não tinha achado aceitação em lugar algum.
Então, sim, verdade, apesar de eu só querer um lugar pra descansar com o Kaku, eu também queria ser popular. Mas não exatamente famosa. Eu queria ser popular, como quem era popular na escola - e tinha seu grupo e era ouvida e respeitada por ele.
Entre trazer todo mundo pra blogosfera e querer que todos me esquecessem, eu tentei criar um blog em grupo com minhas coleguinhas. Deu errado daquela vez, porque o nosso objetivo era ser popular, mas, quando passou um mês e não fomos agraciadas com o reconhecimento - e comigo sendo a única a carregar o negócio todo - desistimos. Anos mais tarde, tentei fazer um blog literário colaborativo que, olha só, também deu errado. E muito errado. Ainda bem, porque aí eu desencanei de vez dessa bobagem de blog em grupo.
Basicamente, enquanto a Shana estava aqui só pela diversão, eu fui ficando meio gananciosa.
Tinha também um blog de um tal de Dado (eu quero ver se alguém das antigas também chegou a conhecer esse blog), que queria "conectar vários blogs e divulgá-los". Esses blogs, longe do estilão sofisticado do HelloStar, eram bastante simples, mas tinham gifs 3D imensos e super-pesados de carregar. Na verdade, eu tinha dificuldade em navegar por aqueles blogs. A questão é que, eu querendo ser popular, aceitei fazer parte do projeto. Vieram vários comentários, mas comentários que só queriam ganhar mais comentários e views. Ninguém realmente lia as coisas que eu estava escrevendo, o que era incrivelmente incômodo para mim, e eu comecei a me cansar.
Eu tive uns outros blogs, aqui e ali. Um pra um livro que eu escrevia, outro para escrever de coisas secretas... E por aí vai. Todos excluídos há muito.
Nesse ínterim, descobri bem cedo que internet não é terra de ninguém e que, quando você dá seu url pra todo mundo, as pessoas vão ver o que você escreve. Altas tretas na escola porque eu não conseguia calar a boca. E, além disso, conforme o tempo foi passando, eu fiquei querendo que me deixassem escrever em paz, que, de preferência, nem me achassem. Somado ao meu saco cheio com aqueles blogueiros que só queriam comentários e views em seus sites difíceis de carregar, eu fui desistindo de postar no Kaku.
Uns anos depois, quando eu comecei a abandonar o Kaku por intervalos prolongados, eu criei o Só Escrevendo Mesmo, que servia apenas para pequenos contos e histórias, porque o sistema do UOL e meus conhecimentos de HTML eram ambos muy limitados e eu queria que as coisas fossem bem organizadinhas apenas. No fundo, não sei se eu queria muito que alguém achasse o S.E.M., mas eu ainda queria que as pessoas achassem as histórias e comentassem. Bom, no final, eu acabei crescendo meus olhos para cima da possibilidade do S.E.M. ser famoso... Bom, ainda tenho algumas ambições pra ele, mas meu ânimo arrefeceu e ele continuará a ser só um lugar para falar de histórias, de escrever e ler.
Atualmente, o S.E.M. é um morto-vivo, porque eu perdi o prazer em fazer pequenos textos, eu perdi o prazer em fazer resenhas, eu não tenho mais saco para como esse tipo de blog funciona. Digamos que, atualmente, eu não fico olhando várias resenhas sobre algo que eu quero. Eu só vou lá e compro - ou vou ao blog da Lolita (Livros, Nipon e Blá,blá,blá), que é super-recomendado, ou vejo um vídeo da Tati Feltrin ou da Gleice Couto. Eu não me importo muito mais com resenhas.
Eu sempre fui do tipo que demora pra ler posts, porque eu quero comentar só depois de ter feito uma leitura cuidadosa do que a pessoa escreveu. Eu quero estar 100% dedicada ao seu post enquanto eu o leio, porque você merece e porque o comentário que você merece receber é um comentário atencioso de alguém que entendeu o recado.
Antes do S.E.M., número de views nunca me importou. Com ele, peguei o mau hábito de ficar olhando o painel de visitação frequentemente, porque o blog era mais de divulgação e menos de... Tenie. Tem tudo a ver com os tempos em que eu comecei a ter contato com autores, em que eu estava fascinada pelo mercado editorial.
Passou o tempo, eu decidi fazer outro blog, só para resenhas - "Para de sonhar, menina!" - e dei as costas ao S.E.M., com o qual eu tinha e tenho uma relação emocional muito profunda. Erro crasso. Postei pouquíssimo no blog em questão e eu o via mais como algo que estava destinado à grandeza.
Claro que não deu em nada e, um belo dia, eu voltei ao S.E.M. e, agora, desejo reformulá-lo.
Digamos que, agora, eu dou mais valor à diversão de manter do um blog do que eu dava quando comecei. O Kakumei foi sempre um refúgio para mim e eu não quero perder isso. Essa atmosfera de estar em casa é o que eu mais prezo.
Então, é meio óbvio que eu não ligo e não vou correr atrás de blogs que querem mesmo é view, comentário e seguidor. Você pode querer isso, afinal, eu não sou ninguém pra te dizer o que querer, mas não é o que eu vejo como a melhor parte da blogosfera.
Pra mim, Tenie, a melhor parte de blogosfera é todo o processo, sabe? Ter algo pra cuidar, seu próprio cantinho, preocupar-se em mantê-lo arrumado... O processo de criar o layout, de fazer o html, de criar um post, e também os amigos que se faz e todo o processo de conhecê-los e reconhecê-los através de seus posts e seus blogs (Na verdade, essa parte é pra Shana e pra Viq). Então, é, eu estou num momento Fugere Urbem virtual e tô muito bem assim.
Claro que grande parte de mim ainda quer um blog influente, por motivos de que eu preciso de poder - não vou falar disso. É um projeto secreto - e poder é bom. haha Mas, por mim, o Kaku fica anônimo pra sempre, porque eu quero que aqui continue sendo a minha casa.
E, bom, é isso. Mais um post bem inútil, mas... Bom, nem ligo.
Só queria escrever mesmo.
Espero que estejam todos bem. Por favor, continuem se cuidando!
Kisus, kisus.


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