[Mangás]: Ao haru ride - A vida não dá passo atrás
written by Tenie at
quarta-feira, 7 de junho de 2023
Cold Heart (PNAU REMIX) - Dua Lipa feat. Elton John
I'm not the man they think I'm at home, oh no, no, no
Eu estou só uns 10 anos atrasada pra resenhar Ao Haru Ride (Particularmente gosto de O rolê da Primavera Azul, mas né, Panini deu um tratamento de bosta pro mangá), mas finalmente estou pronta, estou aqui.
Ao Haru Ride,
TERRIVELMENTE [Edit: A Shana me lembrou que Aoharaido é como se referem ao mangá no Japão, mas eu queria reclamar da Panini] NOMEADO EM PORTUGUÊS COMO Aoharaido: A Primavera de Nossas Vidas (que ódio de não chamarem pelo nome completo, caralho) foi publicado pela Panini entre 2015 e 2017, com uma qualidadezinha porca. Mas o mangá, diferentemente da edição dele, é lindo.
Eu gosto do traço da Sakisaka Io, é muito bonito SEMPRE. E me lembra um pouco o da Suenobu Keiko, mas a Suenobu-sensei só gosta de escrever coisas de uau depressão crônica (SE VOCÊ NÃO TEM, LER ELA VAI TE ARRUMAR UMA). Okay, okay, brincadeira. Mas eu admito que a Suenobu-sense escreve coisas bem mais pesadas que a Sakisaka-sensei, até onde li.
Gosto horrores das duas.
Ao Haru Ride conta a história de Yoshioka Futaba, que se apaixonou pelo coleguinha Tanaka Kou no ginásio, mas um dia ele sumiu, e ela começa a história vivendo uma vida ditada por "o que eu devo fazer" e por remoer coisas que nunca deram certo, como as amizades do ginasial ou o primeiro amor. Mas o primeiro ano do colegial começa e Kou está de volta, com outro sobrenome, e uma amargura completamente nova.
Amizades são feitas, corações são partidos, e os personagens crescem.
Eu me identifico muito com o Kou e a Futaba. O Kou tem um peso familiar enorme sobre os ombros. A Futaba me atinje mais onde dói: ela começa vivendo muito de forma a se proteger de possíveis puxadas de tapete das próprias amigas, de quem ela nem gosta, e vive sempre em busca de remendar o passado que nunca foi com Kou. A Futaba começa com medo do que ela quer e sem acreditar muito naquilo que ela pode fazer.
Mas toda a questão de Ao Haru Ride pra mim é a relação do presente com o passado. Não tem como remendar o presente pra juntar com o passado do jeito que a gente quer. Não tem "e se" ou voltar atrás. Escolha nossa ou não, não tem como ligar o que foi ao que poderia ter sido agora. As coisas são como são.
A gente olha sempre pra frente e dá o nosso melhor.
Quando eu comecei a ler, ainda online porque não tinha no Brasil, eu lembro de chorar rios com o começo. Eu comprei todos os mangás e nunca abri, porque eu queria ler, mas eu sabia que não tinha coragem.
Real, não tinha coragem de ler uma história sobre arrependimento e reconstrução, porque eu só conseguiria focar no arrependimento e ia ver a parte de olhar sempre adiante como uma bobagem que dizem pras pessoas.
E, enfim, depois de me degladiar com a minha depressão de verdade, depois de me tratar, depois de tantas coisas, eu achei que era finalmente o momento. E, caramba, que mangá gostoso de ler.
O começo ainda eu levo meio arrastado, mas do #3 em diante foi ritmo frenético de leitura.
EU PRECISAVA SABER.
Uma coisa engraçada é que, por mais tocada e conectada com o mangá, dessa vez eu não chorei. Eu senti aquela dorzinha nostálgica de algo, não sei o que, e a sensação de que, caralho, até a Sakisaka-sensei entende coisas que eu, do outro lado do mundo, passei e passo.
Achei o mangá acolhedor. E fofo, meu Deus, como é
FOFO!
Sim, claro, quem me recomendou essa maravilha foi
Dona Shana afinal, ela tem sempre as melhores recomendações. Um dia eu ainda vou ver FMA e aquele dorama de romance que ela me recomendou em 2013 kkkcrying.
O processo é lento
e bruto aqui, na Tenieland.
Inclusive ler FMA é meu objetivo entre agora e 2025. Tenho a primeira versão lançada pela JBC, um dos primeiros mangás que comprei na vida, real oficial. Agora só falta ler e descobrir o que acontece no fim.
Sério, eu não faço ideia do que aconteça no final de FMA. Provavelmente já tomei spoiler, mas não devo ter ligado lé com cré.
Percebi que tô ouvindo uma música meio nada a ver, mas eu sempre coloco exatamente a música que eu tô ouvindo enquanto escrevo.
RISOS
Eu ando meio aleatória, nem sei porque vim postar. Mas eu vim, deu vontade.
Deu saudade.
Tô achando que essa saudade vai ser bem regular. Devo aparecer mais vezes, pelo visto.
Sei lá, vamos ver ainda.
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