Sejam bem-vindas ao Kakumei, criaturas da noite! Este é meu porto seguro no meio do mar revolto da internet e dos meus sentimentos desde 2006. Como toda navegante, eu sempre volto pro Kakumei e pro mar de nadas da internet.
Bem-vinde & do not resist the thriller ♥
Porém as minhas canecas de Bubbline estão fadadas à desgraça porque meu
pai quebrou a da Marceline, agora eu tô tentando preservar a de Jujuba.
Bom, acidentes acontecem, como já disseram em O fantasma da Ópera.
Algumas mudanças nervosas rolaram no blog.
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Bom, hoje decidi que um poema era a pedida. Eu só publiquei uma história aqui, neste post, em um desafio do TOGETHER, mas era um continho. Não era um poema.
Acreditem, eu não escrevo poemas, e mesmo assim, eu continuo escrevendo... Vai entender. Acho que talento nunca foi necessário para fazer algo na privacidade do seu próprio blog.
Não esqueça que
Um dia
Em uma galáxia muito distante
Nós tomamos o Mercador da Noite
E viajamos por entre as estrelas,
Contra inimigos reais demais
Para uma história
E morremos em uma explosão
Estupidamente barulhenta
No meio do espaço sideral.
Não esqueça que
Um dia
Em um presente que nunca existiu
O metano era gás zumbificador
E nós lutamos contra os mortos
Depois de apresentar
Um PPT de matar
Na aula de Gestão
Enquanto os mortos-vivos
Faziam sua digestão
E nunca soubemos o final
Acho que morríamos também.
Eu tentaria,
Mesmo sabendo, mesmo morrendo,
Eu gostaria de salvar vocês.
Não esqueça que
Um dia
Conhecemos os deuses e seus ajudantes
O inefável e insondável
Tartarugas cósmicas e tsurus
de papel de caderno
Brincamos de criar universos tão amigos entre si
Quanto nós
Nós éramos deuses infantis e inocentes
Deslumbrados com todas as explosões
Que criamos e poderíamos criar
Que não podiam nos matar.
Três Mississipis
ou mais em um abraço,
Eu sinto seu coração mesmo debaixo do oceano.
Não esqueço dos vampiros
Que andavam sob o sol
Em uma sala de aula distante,
Tão, tão longe
E o laço deles, em nossa inocência, era família
Ao invés de associação.
Não se esqueça, por favor,
Das músicas de bandas que nunca existiram
Do jazz suave do
outro lado do mundo
De dramáticas histórias de amor sobre
Motocicletas e meninas órfãs.
Eu me lembro
Do lápis que trabalha,
A borracha que retoca,
Segura a mão assim,
preciso ver uma coisa
Os dias quentes dentro de uma sala
No centro da cidade
Quando a gente era criança
(mesmo achando que não era mais criança)
As histórias que te contei
As fanfics sem
qualquer propósito ou sentido
Você nunca achou nenhuma idiota?
Obrigada por nunca ter rido de mim.
E eu digo a mim mesma:
Não esqueça que
Um dia
Eu chorei e vocês me ouviram
Eu gritei e vocês vieram
Eu não podia ser redimida
E vocês não me desertaram mesmo assim.
Se agora tudo é silêncio,
Eu também aceito, eu me calo.
Três Mississipis
ou mais
Em um único abraço,
Eu digo a mim mesma
Quando dói o coração
E as mensagens nunca chegam
Se agora tudo é silêncio,
Eu também aceito, eu me calo.
Porque um dia,
Eu me lembro,
Todos os mundos foram nossos.
Uma sala que pega todo o sol da Liberdade
Todas as possibilidades deste mundo,
E dos outros,
Em uma folha de papel,
Na ponta dos nossos lápis,
Camiseta listrada e jeans,
Vestidinho rosa e leggings lilás.
Um auditório e um piano,
Deitamos no chão e ouvimos nosso pianista fabuloso
Em uma EACH que eu desconheço
Tão distante e brutal quanto o vento
Nos vãos abertos
Do Titanic
Ou um lugar na rampa
Da universidade da cidade,
Nômades três vezes na semana
Eu nunca tinha tido amigos de verdade.
Se agora tudo é silêncio,
Eu também aceito, eu me calo.
Porque o amor que eu sinto
É fiel e espera
Mesmo que nada haja para esperar.
Não se esqueça, eu digo
Que quando você me abraça,
Eu ouço seu coração
Debaixo dos setes palmos de vida entre nós.
Mesmo que o mundo seja cínico
Mesmo que o tempo tenha passado
Mesmo que tenhamos olhado dentro de abismos
E para estrelas que não existem mais
Nós nunca mais seremos o que fomos
Mesmo que você tenha
Saído de casa, voltado pra casa,
Fugido, recapturado,
Casado, separado,
Amado e deixado,
Deixado de amar,
Perdido dinheiro,
Ganhado dinheiro,
Adotado gatos, feito uma tatuagem
Mudado de cidade,
Xingado o governo,
Excluído suas redes sociais,
Quase morrido
(Mas não este ano)
Ou nunca mais criado uma história
Eu ainda estou aqui.
Eu ainda lembro
De cruzadores pelas estrelas,
AIs que amam e destroem,
De panteões de Entidades das mais esquisitas
E dos mortais que os desafiaram,
De sinais que abrem portais
E mudam visões,
De monstros modernos
E modos medievais,
De zumbis com deadlines
Bandas de mentira
(que definitivamente eram Emo,
não importa o que eu dissesse com 13 anos),
Amores ao primeiro quase atropelamento,
Vampiros éticos e acordos demoníacos em acostamentos
Vocês foram a minha família.
Um cadáver esquisito
Pedaços disso, peças daquilo
Nem vivo, nem morto
Nem orgânico, nem metal
Nem bom, nem mau
Um equilíbrio:
Ausente,
Mas sempre comigo.
Não se esqueça, eu digo:
Vocês são a minha família.
E o meu amor é fiel,
Mesmo que eu mesma não seja
Virtuosa em coisa alguma.
Não se esqueça.
Respira e conta:
Um
Dois
Três
Um, dois...
Agora levanta e anda,
O caminho está adiante.
Eu penso todos os dias
Nas conversas que mudaram minha vida
No MSN
Por SMS
No Skype
No Zap
Nos comentários do UOL Blog
Em bilhetinhos rasgados do caderno
Em salas vazias da EACH
Escondidos na cantina da Educação
Nas escadas da AreaE
Eu lembro que,
Mesmo que isso seja adeus,
Eu ainda me sinto sua melhor amiga
E eu ainda vou sentir isso
Mesmo quando meus dentes caírem,
Mesmo quando minha memória for morrendo devagarinho,
Mesmo que a gente nunca mais se veja,
Mesmo que não exista nada quando tudo acabar
Meus átomos vão te amar
Como átomos amam e lembram
Mesmo que isso seja adeus.
Eu sempre morro no final, não é?
(Não neste ano, porém)
Enfim, é só uma história. Muitas histórias, acho, sobre coisas que aconteceram e a dor de se sentir sozinha porque a vida está no meio de todo mundo e eu não sei como as pessoas ainda têm amigos ativos e regulares e... Sei lá. Eu não presto pra isso.
Ah, sim, claro. Eu depositei minha dissertação. Agora eu espero.
[Edit: aproveitei e troquei o layout. Queria uma coisa mais colorida, mas achei que ia ficar muito esquisito, não tava combinando com a imagem... Enfim. Ficamos agora com a minha vontade imensa de fazer layouts bonitos de novo. Chateada porque eu tava namorando essa fanart há dias, pensando nas possibilidades....]
Até lá, se cuide.
Kisus
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Opening up - Sara Bareilles
Another carbon copy of where I've already been
Days keep coming
One out one in, they keep coming
I don't know what I wish I had
But there's no time now for thinking things like that
I've got too much to do
Too much to do
Antes que o dia acabe, achei que deveria compartilhar isso por aqui.
Hoje eu faço 30 anos. Meu teclado acaba de dar pau. Eu estou contente até.
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Esses dias ando na correria de entregar a dissertação. Teve choro, teve choro, teve choro, teve vontade de jogar tudo no lixo... Teve tudo, mas não teve conclusão dessa porcaria ainda.
Eu sei que eu vou entregar, mas até eu entregar, eu acho que não vai dar tempo... Bom, não comigo vindo fazer post, mas é isso que temos.
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O blog sempre foi um porto seguro pra mim, mesmo sendo um lugar público na internet (um escândalo, eu sei), então acho que voltar a ele em tempos complicados era de se esperar...
Estou terminando meu mestrado e, sinceramente, isso tirou toda a vontade que eu tinha de continuar na vida acadêmica. Eu estou acabada, postando aqui enquanto tenho livros para ler e uma dissertação para depositar em menos de um mês.
Tive abalos na minha estabilidade psicológica, que por si só já é uma novidade pra mim. A internet sabe o nível de tô bem naum, Cenorinha que eu fui desde adolescente. Ter uma recaída era um medo profundo que eu tinha, então eu certamente não estou me sentindo muito confiante nos últimos dois meses e qualquer coisa.
Bem em tempo pro meu aniversário de 30 anos e depósito da dissertação.... Por que tudo acontece tanto todo o tempo?
Que saco.
Então é. Eu tô super insegura sobre tudo: se meus amigos gostam de mim ou estão me ignorando; se eu vou conseguir entregar a dissertação; se eu não vou dever pra sempre pra CAPES; se eu vou ruir com a menor coisinha dando errado; se vai parar de chover pra eu lavar roupa, se eu deveria casar ou comprar uma bicicleta.... UGH!
Bom, na próxima, a gente vê.
Se cuidem e boa semana!
Kisus 😘
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Soranin - Asian Kung-Fu Generation
If that gentle happiness had continued unhurried
A rotten seed would have surely sprouted
So It’s goodbye now
Kisus,
Tenie.
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That Green Gentleman - Panic! At the Disco
I feel the same, I'm on my way
Então, coisas aconteceram.
Talvez seja a minha depressão mentindo pra mim. Talvez seja minha cabeça mentindo pra mim, ela faz isso todo o tempo.
E eu sei, tudo aconteceu em 4 anos: eu fiquei doente, o mundo ficou doente, amores foram e vieram (e até ficaram), um deles casou, eles abriram uma empresa, eu pedi demissão do meu emprego, eu perdi minha avó, eu quase perdi duas outras pessoas, eu arrumei um freela, depois passei no mestrado, peguei bolsa, eu amei o mestrado, eu odeio o mestrado, eu mesma circulei por outros lugares.
E tudo aconteceu tanto todo o tempo, claro que a Tenie que era não cabe mais onde ela coube antes.
Eu tenho medo que meus amigos me odeiem (todos eles), que não queiram mais falar comigo e nunca me digam isso, que só sumam e, por consequência, que eu suma das vidas deles. Sem nem saber o motivo.
Eu tenho um medo quase doente de terminar sozinha, reminiscendo as coisas como foram. Lembrando de amigos e conversas e lugares e coisas que nunca mais vão ser e que nunca mais vou ter.
Não sou muito popular. Nunca fui. Não tenho amigos da escola e eu tinha aqueles dois amigos de faculdade que mal me respondem mais.
Eu também mal respondi por tanto tempo. Não tenho direito a reclamar disso. Eu mesma me encastelei.
Fico em dúvida se respostas são uma questão de prioridade ou só de tempo. Se você ama, você faz tempo pra pessoa? Não concordo totalmente.
Tudo acontece tanto. Todo o tempo. Especialmente dentro da cabeça de cada um.
A ansiedade tem um dom de segurar a mão e os pensamentos, mas talvez se eu amasse mais, de verdade, se eu fizesse x e y, se eu fosse...
Eu não sei. Eu só sei que eu não quero me sentir sozinha e eu não sei se você faz novos amigos depois dos 30. Talvez faça. Sei lá.
Mas sei lá também se será que amigos são o que eu preciso? Do mesmo jeito que um romance não era o que eu precisava pra me curar anos atrás, será que amigos que se afastaram são o que eu preciso? Eu quero. Mas eu preciso?
Digo, minha terapeuta e minha psiquiatra provavelmente diriam que eu PRECISO de amigos e de pessoas e de interação. Mas minha pergunta é: eu preciso do passado que eu lamento tanto? Eu não sei.
Eu queria.... Queria tudo de volta. Mas é isso? Eu não sei
Eu estou capengando por aqui. Mas indo.
Em dúvida se vale a pena ir, mesmo que o final seja solitário. Não o final literal, esse sempre é.
Acho que é isso. Só me resta arrastar umas correntes enquanto sigo.
Kisus,
Tenie.
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