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Sejam bem-vindas ao Kakumei, criaturas da noite! Este é meu porto seguro no meio do mar revolto da internet e dos meus sentimentos desde 2006. Como toda navegante, eu sempre volto pro Kakumei e pro mar de nadas da internet.
Bem-vinde & do not resist the thriller ♥


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Mestra Tenie dos Horrores. Touro, INFJ, 4w5. Nerd e CDF.
Atualmente sou de Exaustas. Padawan em TI, a despeito dos meus dois diplomas.
Gosto de gatos e livros (e HQs), de sorvete e milkshake, coisas fofas e coisas assustadoras, musicais com canibais ou fantasmas da ópera. Sempre amei blogar pelo prazer de fazer um post, escolher os gifs, comentar nos bloguinhos amigos, e ficar de boas nesse semi-anonimato.


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Créditos
Arte: AYUNOKO e QIAN DREAMING
Photoshop e VSCode: Edição
Imgur: Hospedagem

[New lay] The pen's in my hand, ending unplanned
written by Tenie at quarta-feira, 22 de maio de 2024

Eu só queria começar dizendo que: eu achei minha meia da Marceline, que faz par com a meia da Jujuba, e estava perdida desde este post. Elas finalmente estão enroladas juntas como deve ser!🥰
Odeio lembrar de HP, mas eu amo a cena em que o tênis da Luna reaparece e ela só meio que diz que o que é seu sempre te encontra.
Odeio a JoKeRolling.

Porém as minhas canecas de Bubbline estão fadadas à desgraça porque meu pai quebrou a da Marceline, agora eu tô tentando preservar a de Jujuba. Bom, acidentes acontecem, como já disseram em O fantasma da Ópera.
Algumas mudanças nervosas rolaram no blog.

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Três mississipis entre átomos reais e universos de mentira
written by Tenie at sexta-feira, 17 de maio de 2024

Bom, hoje decidi que um poema era a pedida. Eu só publiquei uma história aqui, neste post, em um desafio do TOGETHER, mas era um continho. Não era um poema.
Acreditem, eu não escrevo poemas, e mesmo assim, eu continuo escrevendo... Vai entender. Acho que talento nunca foi necessário para fazer algo na privacidade do seu próprio blog.

Não esqueça que
Um dia
Em uma galáxia muito distante
Nós tomamos o Mercador da Noite
E viajamos por entre as estrelas,
Contra inimigos reais demais
Para uma história
E morremos em uma explosão
Estupidamente barulhenta
No meio do espaço sideral.

 

Não esqueça que
Um dia
Em um presente que nunca existiu
O metano era gás zumbificador
E nós lutamos contra os mortos
Depois de apresentar
Um PPT de matar
Na aula de Gestão
Enquanto os mortos-vivos
Faziam sua digestão
E nunca soubemos o final
Acho que morríamos também.
Eu tentaria,
Mesmo sabendo, mesmo morrendo,
Eu gostaria de salvar vocês.

 

Não esqueça que
Um dia
Conhecemos os deuses e seus ajudantes
O inefável e insondável
Tartarugas cósmicas e tsurus de papel de caderno
Brincamos de criar universos tão amigos entre si
Quanto nós
Nós éramos deuses infantis e inocentes
Deslumbrados com todas as explosões
Que criamos e poderíamos criar
Que não podiam nos matar.

 

Três Mississipis ou mais em um abraço,
Eu sinto seu coração mesmo debaixo do oceano.

 

Não esqueço dos vampiros
Que andavam sob o sol
Em uma sala de aula distante,
Tão, tão longe
E o laço deles, em nossa inocência, era família
Ao invés de associação.
Não se esqueça, por favor,
Das músicas de bandas que nunca existiram
Do jazz suave do outro lado do mundo
De dramáticas histórias de amor sobre
Motocicletas e meninas órfãs.

 

Eu me lembro
Do lápis que trabalha,
A borracha que retoca,
Segura a mão assim, preciso ver uma coisa
Os dias quentes dentro de uma sala
No centro da cidade
Quando a gente era criança
(mesmo achando que não era mais criança)
As histórias que te contei
As fanfics sem qualquer propósito ou sentido
Você nunca achou nenhuma idiota?
Obrigada por nunca ter rido de mim.

 

E eu digo a mim mesma:
Não esqueça que
Um dia
Eu chorei e vocês me ouviram
Eu gritei e vocês vieram
Eu não podia ser redimida
E vocês não me desertaram mesmo assim.


Se agora tudo é silêncio,
Eu também aceito, eu me calo.

 

Três Mississipis ou mais
Em um único abraço,
Eu digo a mim mesma
Quando dói o coração
E as mensagens nunca chegam

 

Se agora tudo é silêncio,
Eu também aceito, eu me calo.
Porque um dia,
Eu me lembro,
Todos os mundos foram nossos.

 

Uma sala que pega todo o sol da Liberdade
Todas as possibilidades deste mundo,
E dos outros,
Em uma folha de papel,
Na ponta dos nossos lápis,
Camiseta listrada e jeans,
Vestidinho rosa e leggings lilás.

 

Um auditório e um piano,
Deitamos no chão e ouvimos nosso pianista fabuloso
Em uma EACH que eu desconheço
Tão distante e brutal quanto o vento
Nos vãos abertos
Do Titanic


Ou um lugar na rampa
Da universidade da cidade,
Nômades três vezes na semana
Eu nunca tinha tido amigos de verdade.

 

Se agora tudo é silêncio,
Eu também aceito, eu me calo.
Porque o amor que eu sinto
É fiel e espera
Mesmo que nada haja para esperar.

 

Não se esqueça, eu digo
Que quando você me abraça,
Eu ouço seu coração
Debaixo dos setes palmos de vida entre nós.

 

Mesmo que o mundo seja cínico
Mesmo que o tempo tenha passado
Mesmo que tenhamos olhado dentro de abismos
E para estrelas que não existem mais
Nós nunca mais seremos o que fomos


Mesmo que você tenha
Saído de casa, voltado pra casa,
Fugido, recapturado,
Casado, separado,
Amado e deixado,
Deixado de amar,
Perdido dinheiro,
Ganhado dinheiro,
Adotado gatos, feito uma tatuagem
Mudado de cidade,
Xingado o governo,
Excluído suas redes sociais,
Quase morrido
(Mas não este ano)
Ou nunca mais criado uma história
Eu ainda estou aqui.

 

Eu ainda lembro
De cruzadores pelas estrelas,
AIs que amam e destroem,
De panteões de Entidades das mais esquisitas
E dos mortais que os desafiaram,
De sinais que abrem portais
E mudam visões,
De monstros modernos
E modos medievais,
De zumbis com deadlines
Bandas de mentira
(que definitivamente eram Emo,
não importa o que eu dissesse com 13 anos),
Amores ao primeiro quase atropelamento,
Vampiros éticos e acordos demoníacos em acostamentos

 

Vocês foram a minha família.
Um cadáver esquisito
Pedaços disso, peças daquilo
Nem vivo, nem morto
Nem orgânico, nem metal
Nem bom, nem mau
Um equilíbrio:
Ausente,
Mas sempre comigo.

 

Não se esqueça, eu digo:
Vocês são a minha família.
E o meu amor é fiel,
Mesmo que eu mesma não seja
Virtuosa em coisa alguma.

 

Não se esqueça.
Respira e conta:
Um
Dois
Três
Um, dois...

Agora levanta e anda,
O caminho está adiante.

Eu penso todos os dias
Nas conversas que mudaram minha vida

 

No MSN
Por SMS
No Skype
No Zap
Nos comentários do UOL Blog
Em bilhetinhos rasgados do caderno
Em salas vazias da EACH
Escondidos na cantina da Educação
Nas escadas da AreaE

 

Eu lembro que,
Mesmo que isso seja adeus,
Eu ainda me sinto sua melhor amiga
E eu ainda vou sentir isso

 

Mesmo quando meus dentes caírem,
Mesmo quando minha memória for morrendo devagarinho,
Mesmo que a gente nunca mais se veja,
Mesmo que não exista nada quando tudo acabar

 

Meus átomos vão te amar
Como átomos amam e lembram
Mesmo que isso seja adeus.

 

Eu sempre morro no final, não é?
(Não neste ano, porém)

 

Enfim, é só uma história. Muitas histórias, acho, sobre coisas que aconteceram e a dor de se sentir sozinha porque a vida está no meio de todo mundo e eu não sei como as pessoas ainda têm amigos ativos e regulares e... Sei lá. Eu não presto pra isso.
Ah, sim, claro. Eu depositei minha dissertação. Agora eu espero.
[Edit: aproveitei e troquei o layout. Queria uma coisa mais colorida, mas achei que ia ficar muito esquisito, não tava combinando com a imagem... Enfim. Ficamos agora com a minha vontade imensa de fazer layouts bonitos de novo. Chateada porque eu tava namorando essa fanart há dias, pensando nas possibilidades....]
Até lá, se cuide.
Kisus

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The day starts like the rest I've seen
written by Tenie at terça-feira, 30 de abril de 2024

Opening up - Sara Bareilles
Another carbon copy of where I've already been
Days keep coming
One out one in, they keep coming
I don't know what I wish I had
But there's no time now for thinking things like that
I've got too much to do
Too much to do

Antes que o dia acabe, achei que deveria compartilhar isso por aqui.
Hoje eu faço 30 anos. Meu teclado acaba de dar pau. Eu estou contente até.

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"O tempo não pára. Eu o verei novamente."
written by Tenie at terça-feira, 23 de abril de 2024

Esses dias ando na correria de entregar a dissertação. Teve choro, teve choro, teve choro, teve vontade de jogar tudo no lixo... Teve tudo, mas não teve conclusão dessa porcaria ainda.
Eu sei que eu vou entregar, mas até eu entregar, eu acho que não vai dar tempo... Bom, não comigo vindo fazer post, mas é isso que temos.

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Sobre energias nervosas e tudo tudo tudo todo o tempo em todo o lugar
written by Tenie at terça-feira, 9 de abril de 2024

Eu estou aqui com essa energia nervosa acumulada, olhando o blog toda hora, porque sei lá. Meses sem mexer e aí meto 4 posts seguidos sem motivo...
Bom, com alguns motivos.

O blog sempre foi um porto seguro pra mim, mesmo sendo um lugar público na internet (um escândalo, eu sei), então acho que voltar a ele em tempos complicados era de se esperar...
Estou terminando meu mestrado e, sinceramente, isso tirou toda a vontade que eu tinha de continuar na vida acadêmica. Eu estou acabada, postando aqui enquanto tenho livros para ler e uma dissertação para depositar em menos de um mês.
Tive abalos na minha estabilidade psicológica, que por si só já é uma novidade pra mim. A internet sabe o nível de tô bem naum, Cenorinha que eu fui desde adolescente. Ter uma recaída era um medo profundo que eu tinha, então eu certamente não estou me sentindo muito confiante nos últimos dois meses e qualquer coisa.
Bem em tempo pro meu aniversário de 30 anos e depósito da dissertação.... Por que tudo acontece tanto todo o tempo?
Que saco.
Então é. Eu tô super insegura sobre tudo: se meus amigos gostam de mim ou estão me ignorando; se eu vou conseguir entregar a dissertação; se eu não vou dever pra sempre pra CAPES; se eu vou ruir com a menor coisinha dando errado; se vai parar de chover pra eu lavar roupa, se eu deveria casar ou comprar uma bicicleta.... UGH!

Hoje nem pensei numa música.
Estou pensando bastante em Hadestown, um musical que eu amo, que tinha tudo pra ser um musical que eu ia amar mesmo, enfim... E quem nunca amou um musical sobre conflitos financeiros e românticos à beira do fim do mundo, misturado com mitologia grega? Tinha um alvo na minha testa e esse musical é um míssil teleguiado.
Eu tenho vontade de escrever todos os posts do mundo, mas eu sei que todos eles seriam iguaizinhos entre si, porque todos iam ser sobre alguma coisa que está me frustrando e eu ia me perguntar por que diabos tudo tem que acontecer junto?
Mas eu tô bem, comparado com o primeiro post da carreirinha. Melhor, talvez até bem melhor.
Espero trazer algo no futuro. Sei lá, comentários sobre eu estar esperando Bloomburrow (sim, agora Tenie joga Magic. NEM EU ESPERAVA ISSO), ou alguns tabuleiros que eu curti jogar ou tenho e quero jogar... Alguma resenha? Tenho lido bastante no Kindle Unlimited e a Amazon tem uns originais bem bacanas mesmo.


Bom, na próxima, a gente vê.
Se cuidem e boa semana!

Kisus 😘

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[NEW LAY] But I can no longer go back to who I was
written by Tenie at terça-feira, 26 de março de 2024

Soranin - Asian Kung-Fu Generation
If that gentle happiness had continued unhurried
A rotten seed would have surely sprouted
So It’s goodbye now


No último post eu estou estava impregnada de Asano Inio e especialmente de Asian Kung-Fu Generation. E de depressão e de crises pós-burnout/The fuckening.
Eu demorei um tempão pra ter coragem de fazer um layout. Eu demorei algumas horas pra colocar esse layout em pé. Eu não me lembro de quase nada, inclusive que parto pra descer e subir as colunas.... Vou precisar me dedicar.
Eu amo Solanin, o mangá. Não sabia que o Asian Kung-Fu Generation tinha feito a versão música da letra que o Asano fez.
Solanin é... Inescapável.
Todo mundo adora falar que Oyasumi, Pun Pun/Boa noite, Pun Pun é inescapável. Mentira.
Ele tem (eu parei enquanto as coisas estão mal MAS NÃO ABSURDAS DE TÃO MAL) coisas muito contundentes sobre abuso, sobre negligência, sobre abandono (de alguém que deveria cuidar de você, de alguém que você ama, abandono de si próprio em face a um universo frio e sem sentido), mas Solanin tem um jeito de te dizer isso que não dá pra virar a cara e não olhar.
Um mangá de 2005-06 sobre um grupo de recém-formados da faculdade que tenta conciliar o que a vida virou com o que eles queriam da vida. Podia ser, sei lá, F.R.I.E.N.D.S. (não gosto e nunca vi mais que alguns episódios)... Podia. Mas é diferente: ele parece de verdade demais.

Ele é muito verossímil quando mostra a Meiko, a protagonista, indo e vindo de um trabalho que a maltrata, não paga tão bem exatamente, e que é um saco e nem um pouco o que ela sonhou. Ele é verossímil ao mostrar Meiko e Taneda na sua rotina, a insatisfação pessoal colocando um espaço entre eles, a falta de espaço entre eles sendo um problema. E é muito real pra mim quando Meiko decide que é hora de alguém seguir seus sonhos.
Mas a vida não funciona assim. Eles não são especiais, eu não sou. Pra viver o sonho, você tem que desistir do sonho, porque ninguém está realmente vivendo o sonho. Pra ser artista, você abre mão daquilo que você quis fazer, pra ser acadêmica, você passa mais tempo fazendo politicagem do que estudando.
Pra ser escritora, você precisa passar um tempão em redes sociais e não sair dos holofotes ao invés de só escrever e se esconder no meio do mato como a misantropa que você é.
Enfim.
E a música Solanin pode ser uma música de término, mas eu não acho. Eu acho que ela é sobre como a gente realmente vive uma vida de vários fins e várias despedidas, uma vida de adeus. E o volume 2 é completamente sobre como a gente vive depois do adeus, depois que alguém avança o sinal na sua vida que estava se ajeitando.

Depois.

Taí uma coisa que não tinha o direito de ser tão cruel e difícil quanto é o depois.
E eu me vejo na Meiko, tentando achar propósito em algo que talvez não tenha propósito nenhum, mas tentando mesmo assim, e é melhor que não tentar.
E o antes.... O antes não importa, como já comentei quando falei de Aoharaido, o antes já foi.
Mesmo que ele durasse, mesmo que ele persistisse, mesmo que você voltasse... Ainda assim, você chegaria aqui, do outro lado. Depois. Depois do sinal, depois que seus amigos te disseram que seu estado de piora constante não importava, depois que você melhorou só pra piorar, depois que todo sonho virou realidade e tudo na realidade é feio pra porra...
Eu sinto pela Meiko como eu sinto por mim mesma. Acho que eu sinto até mais pelo Taneda do que por ela, eu me conecto ainda mais firmemente com o menino que queria ser músico. E nunca vai ser.
Enfim, Eu vou continuar e eu vou continuar bem, como diria a música. Porque agora está difícil, mas depois não vai estar, até estar de novo.

É brega, mas é como os batimentos do coração ou as ondas de uma música. Né? (Acharam que não ia ter gif?
Jamais!)
Uhum. Vai ficar tudo bem, apesar de tudo. Eu vou dar meu jeito, como antes disso, e como depois - no futuro, de novo.
Se cuidem, ok?

Kisus,
Tenie.


 (Eu volto com coisas melhores em breve
♥)

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Things have changed for me and that's okay
written by Tenie at quarta-feira, 20 de março de 2024

That Green Gentleman - Panic! At the Disco
I feel the same, I'm on my way

 

Então, coisas aconteceram.
A primeira vez que eu escrevi este post, eu fui amarga. Quero corrigir.
Coisas aconteceram e eu estou triste - talvez bem mais do que triste.
Eu recaí, eu cortei todo o meu cabelo, eu pensei em morrer e chorei até que tudo doesse. Eu quis que as pessoas me odiassem tanto quanto eu me odeio. Eu cortei meu cabelo porque eu achei que fosse a única coisa bonita sobre mim, a única que valesse a pena em mim.
As pessoas mudaram durante o tempo em que eu fiquei com depressão profunda e durante o tempo em que eu estive estável; eu mudei. Isso é ótimo e horrível.
Ótimo porque eu não quero ser a pessoa que eu fui, especialmente quando eu estava deprimida demais para me policiar em ser um ser humano decente.
Horrível porque eu nunca mais vou ser as coisas que eu gostava em mim de novo. Eu acho. Não sei se eu já gostei de algo em mim.
Às vezes - muitas vezes - eu ainda não gosto de nada.
Por isso eu cortei o cabelo.
Eu fui a uma festa de aniversário de um dos meus dois melhores amigos da faculdade. Eles continuam tão melhores amigos quanto eles eram.
Foi uma ideia arriscada, tola e imprudente, encarar uma situação social na mesma semana em que minha psiquiatra me disse que o que aconteceu foi um burnout seguido (ou dentro, sei lá) de um episódio depressivo, totalmente alimentado por ansiedade e pânico.
Eu fui - em partes eu me arrependo, em partes eu quis ir, e eu fui e isso importa pra mim.
Ninguém me tratou mal. Meus amigos nunca foram tão populares, mas acho que é porque todo mundo deve ser muito popular entre seus próprios amigos e ninguém dá atenção pra todo mundo num aniversário. O lugar que eu ocupei, física e emocionalmente, sumiu.
Tá, tá, isso chama manha e isso chama mimo (e drama), mas eu consigo ver que o lugar que um dia eu ocupei desbotou e sumiu. Eu não me vejo mais entre meus dois melhores amigos, não me vejo mais no mundo deles.

Talvez seja a minha depressão mentindo pra mim. Talvez seja minha cabeça mentindo pra mim, ela faz isso todo o tempo.
E eu sei, tudo aconteceu em 4 anos: eu fiquei doente, o mundo ficou doente, amores foram e vieram (e até ficaram), um deles casou, eles abriram uma empresa, eu pedi demissão do meu emprego, eu perdi minha avó, eu quase perdi duas outras pessoas, eu arrumei um freela, depois passei no mestrado, peguei bolsa, eu amei o mestrado, eu odeio o mestrado, eu mesma circulei por outros lugares.
E tudo aconteceu tanto todo o tempo, claro que a Tenie que era não cabe mais onde ela coube antes.
Eu tenho medo que meus amigos me odeiem (todos eles), que não queiram mais falar comigo e nunca me digam isso, que só sumam e, por consequência, que eu suma das vidas deles. Sem nem saber o motivo.
Eu tenho um medo quase doente de terminar sozinha, reminiscendo as coisas como foram. Lembrando de amigos e conversas e lugares e coisas que nunca mais vão ser e que nunca mais vou ter.
Não sou muito popular. Nunca fui. Não tenho amigos da escola e eu tinha aqueles dois amigos de faculdade que mal me respondem mais.
Eu também mal respondi por tanto tempo. Não tenho direito a reclamar disso. Eu mesma me encastelei.
Fico em dúvida se respostas são uma questão de prioridade ou só de tempo. Se você ama, você faz tempo pra pessoa? Não concordo totalmente.
Tudo acontece tanto. Todo o tempo. Especialmente dentro da cabeça de cada um.
A ansiedade tem um dom de segurar a mão e os pensamentos, mas talvez se eu amasse mais, de verdade, se eu fizesse x e y, se eu fosse...
Eu não sei. Eu só sei que eu não quero me sentir sozinha e eu não sei se você faz novos amigos depois dos 30. Talvez faça. Sei lá.
Mas sei lá também se será que amigos são o que eu preciso? Do mesmo jeito que um romance não era o que eu precisava pra me curar anos atrás, será que amigos que se afastaram são o que eu preciso? Eu quero. Mas eu preciso?
Digo, minha terapeuta e minha psiquiatra provavelmente diriam que eu PRECISO de amigos e de pessoas e de interação. Mas minha pergunta é: eu preciso do passado que eu lamento tanto? Eu não sei.
Eu queria.... Queria tudo de volta. Mas é isso? Eu não sei
Eu estou capengando por aqui. Mas indo.
Em dúvida se vale a pena ir, mesmo que o final seja solitário. Não o final literal, esse sempre é.

Todo mundo morre sozinho. Acho que isso eu posso aceitar.
Eu quero baixar um p*otos*op*, fazer um lay. Mas ainda não terminei meu último capítulo do mestrado, não acabei meus livros, não achei minha meia da Marceline que faz par com a meia da Jujuba e eu lavei separado pra não manchar....
Tudo parece ruim e uma bagunça.
E não tem nada que eu possa fazer além de um post em um blog velho que também perdeu seu lugar, mas ainda está por aqui, um fantasma dos anos 2000, pairando.

Acho que é isso. Só me resta arrastar umas correntes enquanto sigo.

Kisus,

Tenie.

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